Martinho da Vila lança o 12º livro de sua carreira, ‘O Nascimento do Samba’
POR LEANDRO SOUTO MAIOR
Cantor lança livro | Foto: Márcio Mercante / Agência O Dia
“Muita gente que me conhece como cantor e compositor não sabe desse meu lado, de escritor. Acho que é porque os escritores, em geral, são menos conhecidos que os músicos”, avalia Martinho.
“O livro é bem divertido. Tem muita gente com idade a partir dos 10 anos que não conhece a história do samba. Aliás, os próprios adultos muitas vezes também não sabem da sua própria história, não é mesmo? Outro dia me perguntaram qual era o nome do meu bisavô, e eu não sabia... Escrevi de uma maneira nada didática, ficou bem divertido e vai agradar não só aos jovens, mas também aos adultos com alma jovem”, diverte-se Martinho.
Relançamento de álbum histórico
Acaba de ser relançado em CD, pelo selo Discobertas, o disco ‘Nem Todo Crioulo é Doido’, de 1968. Foi através desse álbum, que reúne Martinho e sambistas como Zuzuca e Cabana, que ele foi convidado a gravar seu primeiro disco.
“Fiz o disco para a Anália, mãe da Mart’nália e da Analimar, cantar. Mas ela começou a gravar e depois não quis mais, porque convenceram ela a fazer um disco sozinha. Eu gravei, então, as músicas que sobraram”, conta. “O Romeu Nunes, diretor artístico da RCA, ouviu isso, gostou da minha voz e mandou me contratar como cantor”.
O disco surgiu de um show em resposta ao escritor Sergio Porto. “Ele fez a música ‘Samba do Crioulo Doido’ falando mal dos compositores de samba-enredo. E ainda fez um show com o mesmo nome, racista demais! Aí fiz o show ‘Nem Todo Crioulo é Doido’ e depois, o disco”, diz.
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