Leandro Hassum quer ser valorizado pela crítica e sofre com opiniões da filha
POR PATRICIA TEIXEIRA
Leandro Hassum emagreceu, quer ser reconhecido pela crítica e sofre com as opiniões da filha |Foto: João Laet / Agência O Dia
Não foram precisos 20 minutos de entrevista para que Hassum começasse a fazer o que mais gosta na vida: brincadeira. “Se eu estiver falando muita m..., pode tacar esse copo de suco na minha cara”, disparou. Mas, para dar vida ao novo personagem, Hassum teve que deixar suas sacadas e seus improvisos fora das gravações. “A gente pode opinar, e o José Alvarenga (diretor do programa) nos deixa muito livres para que possamos interferir no texto, mas o programa tem que ter um cacique. Em ‘Os Caras de Pau’, eu estava em todas as cenas, sabia tudo o que estava sendo montado. Hoje em dia, não. Um improviso pode mudar a intenção da próxima cena, sair do tom”.
Hassum também costuma ficar atento aos pitacos da filha Pietra, de 13 anos. “Ela dá muita opinião, mas, como santo de casa não faz milagre, ela gosta mais do Adnet e da Taís Araújo. Aí eu pergunto para ela: ‘E eu, como estou?’ Ela responde sempre que estou ‘maneirinho’. Ator é, por natureza, muito vaidoso. Nós gostamos de aplausos. Às vezes, depois que gravamos as cenas, a gente quer falar que ficou uma m... só para o outro dizer: ‘Que nada, você está maravilhoso!’ A gente é carente, tudo maluco, adora confete”.
E Hassum sabe jogar confete. Com Marcelo Adnet e Taís Araújo como colegas de elenco, ele jura que a diversão é garantida. “A gente vai gravar e parece que está indo para o recreio da escola. É a hora que a gente senta, brinca, mexe um com o outro. Formamos uma galera muito boa. O Diogo Vilela e o Otávio Augusto são completos e a Helena Fernandes é muito estudiosa e competente. Eu, Taís e Adnet estamos vivendo um amor a três, estamos bem apaixonados. É aquela fase do namoro em que queremos ficar juntos o tempo todo”.
Mas essa trinca, que está ‘in love’, divide a opinião do público quando o assunto é o resultado do trabalho em cena. “A repercussão está sendo boa, a casa está adorando e o programa estreou com um ibope muito bom. Só não temos como agradar a todos, nunca vamos ser uma unanimidade”, avalia.
Mas essa trinca, que está ‘in love’, divide a opinião do público quando o assunto é o resultado do trabalho em cena. “A repercussão está sendo boa, a casa está adorando e o programa estreou com um ibope muito bom. Só não temos como agradar a todos, nunca vamos ser uma unanimidade”, avalia.
Se depender de Hassum, Adnet terá apoio para enfrentar as críticas nada positivas que vem sofrendo. “Sempre vão pegar alguém para Cristo. Infelizmente, a gente vive num país em que muitas vezes o sucesso incomoda e o Adnet é um sucesso, um cara genial, um diferencial no humor nos dias atuais. Ele é um cara que tem mil e uma facetas, pode circular em qualquer ramo da nossa profissão. Se o Adnet aparecesse nu, fazendo malabares, ainda assim não ia saciar a expectativa que o público tinha dele na Globo, isso é fato. As pessoas têm que parar com essa babaquice de dizer que ele mudou de emissora e se vendeu, que mudou seu perfil. O Adnet apenas está fazendo um trabalho diferente do que ele fazia. O nicho que acompanhava o trabalho dele na MTV ainda não embarcou nessa viagem nossa. Seria uma incoerência a Globo contratá-lo para tolher o seu talento”.
Já Taís Araújo vem conquistando os telespectadores a cada aparição que faz como a garota de programa Sheila. Hassum endossa o coro. “Ela me surpreendeu em todos os sentidos. Uma vez eu disse para a Taís que ela foi para a beira do precipício e pulou. Isso é uma coisa que comediante faz muito. Foi isso que ela fez também: pulou, e cagou e andou se o paraquedas ia abrir ou não. E o paraquedas dela se abriu lindamente e ela está fazendo um pouso maravilhoso nesse mundo da comédia”.
Tendo o humor como marca registrada, Leandro sonha, um dia, ter sua arte valorizada. “No Brasil tem talentos maravilhosos. O que falta é a mídia respeitar mais a gente. Existe uma desvalorização do ator cômico, como se nós fôssemos inferiores. Os programas de humor são sempre vistos como coisas banais, de menos importância, quando, na verdade, o humor é muito difícil e complexo, não é qualquer um que faz”, argumenta ele, que estrelou o filme ‘Até Que a Sorte nos Separe’, uma das maiores bilheterias do cinema, com 2,2 milhões de espectadores no ano passado.
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