Rio -  O Congresso ou está do lado do governo, por questão de sobrevivência, ou do povo, por pura demagogia. Na votação da PEC das Domésticas, fui o único contra, e muitos deputados me elogiaram pela coragem, pois, acreditem, o sentimento era de que somente eu estava certo.
Combinando esta PEC com outra também já aprovada na Câmara, conhecida  como a do ‘Trabalho Escravo’, a qual também não apoiei, a pena para quem negar um direito trabalhista à sua doméstica chegará ao absurdo da expropriação do seu imóvel. O PT, pela via ‘democrática’, decretou o fim da propriedade privada no Brasil.
Desemprego e redução salarial já são divulgados pela imprensa. Mas ministros e parlamentares festejam o fim de uma escravidão. Seguindo esse entendimento, creio que os mesmos petistas aprovem logo PEC de minha autoria estendendo FGTS, hora extra, jornada de trabalho, adicional noturno, etc. aos militares da União e dos estados. Afinal, eles também merecem sair da escravidão.
Às domésticas, em vez de salário de R$ 1.200, vencimento de R$ 900. O café da manhã, antes servido na casa do patrão, para evitar hora extra, passará a ser à expensa do empregado, na birosca da esquina.
Todos perdem, mas os humildes sofrerão pela falta de oportunidade de se manter no emprego. Ganhará a política do governo de acolher novos beneficiários do Bolsa Família, hoje já superior a 14 milhões de famílias sem perspectivas de se libertar da ociosidade forçada.
Sabemos que quem gosta de pobre é político. E quanto mais melhor, afinal são votos fáceis de conquistar. Esta crescente massa cada vez mais comprova que a ameaça da ditadura do proletariado está longe de ser varrida.
Deputado federal pelo PP