Rio -  A inflação não para de mostrar que está de volta. Pesquisa feita pela Fabavi constatou que nos últimos seis anos o custo da cesta básica praticamente dobrou devalor. Neste mesmo período, a inflação oficial, medida pelo IPCA do IBGE, atingiu 32,98%. No mesmo período, o PIB cresceu modestos 20%. Sendo positivo que se gerou emprego erenda, tendo salário, em média, subido 1% acima da inflação.
E daí? A conclusão não é boa, para o intervalo dos seis anos mais recentes, enquanto o custo da cesta básica dobrou de valor, os salários subiram cerca de 40%, a inflação foi de 33% e o PIB só avançou 20%. De forma individual, muitos melhoraram de vida, tiveram promoções no emprego, porque as oportunidades surgiram e aumentaram o bem estar da família.
O problema é quando olhamos os mais pobres, os que têm salários mais baixos. Estes, considerando que a alimentação é o que mais pesa na cesta básica, estão tendo que destinar mais recursos do orçamento mensal para comer ou estão se alimentando mal, piorando a qualidade do que colocam na mesa.
Qualquer pessoa que vai ao supermercado, bem ou mal de vida, percebe os aumentos de preços nas prateleiras. Nestes seis anos, os campeões do aumento foram, pela ordem: vagem (487%); cebola (249%) ; tomate (225%); cenoura (185%); e, a banana (173%).
Você que tem boa memória deve se lembrar de anúncio de uma loja que passava há poucos anos na TV. Anunciavam que todos os artigos estavam em promoção e eram vendidos por “preço de banana”.
Pois é, bons tempos. Hoje o preço da fruta, como comprovou a pesquisa, é sinônimo de alimento de luxo e carestia.
Professor de Finanças do Ibmec