Rio -  No quarto dia de julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola — apontado como executor de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno de Souza — a juíza Marixa Fabiane Rodrigues proibiu o advogado Ércio Quaresma, que defende Bola, de seguir questionando o delegado da Polícia Civil mineira Edson Moreira.

A palavra de Quaresma foi cassada porque ele teria intimidado a testemunha. O advogado chegou a dizer durante o depoimento que Moreira estava “em suas mãos”.
Segundo a magistrada, ficou “nítido um contorno de ordem pessoal” nos trabalhos e “ isso não pode ser admitido dentro do plenário”. Quaresma também teria tentado estender o depoimento.

O promotor Henry Vasconcelos citou ligação pessoal entre Quaresma e os acusados da morte de Eliza, sobretudo Bola. Edson Moreira, endossando a acusação, afirmou saber que o defensor mantém sólida amizade com Bola há mais de 20 anos.

O delegado também disse que, durante o a investigação, Quaresma, então advogado de Bruno, comandava um grupo de defensores chamado de “blocão da defesa” dos acusados.