Rio -  O detento Jailson Oliveira, que dividiu cela com o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), reafirmou nesta terça-feira, durante o julgamento do suposto executor de Eliza Samudio, o que havia dito em declaração anterior na Justiça: Bola teria lhe contado que os restos mortais da ex-amante do goleiro Bruno Souza "foram queimados e jogados numa lagoa para peixes".
Sônia, mãe de Eliza, não acompanhou os depoimentos. O julgamento de pedido de habeas corpus de Bruno, marcado para ontem no Supremo Tribunal Federal, foi transferido para dia 7.
Bola é conduzido por policial no tribunal: sentença deve sair até sexta | Foto: Alex de Jesus / Agência O Dia
Bola é conduzido por policial no tribunal: sentença deve sair até sexta | Foto: Alex de Jesus / Agência O Dia
Jailson disse estar ameaçado de morte por dois policiais civis: José Lauriano de Assis, o Zezé, e Gilson Costa, ambos investigados pela Polícia Civil mineira como corréus do assassinato de Eliza. Jailson disse também que soube de suposto plano para executar autoridades que estavam à frente das investigações, como a juíza Marixa Fabiane, o delegado Edson Moreira e o deputado estadual Durval Ângelo.
Terceira testemunha a prestar depoimento, o deputado estadual Durval Ângelo, que ouviu Bruno em audiência na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em 2011, ressaltou que, na ocasião, o atleta teria denunciado que o delegado Edson Moreira teria pedido R$ 2 milhões para livrá-lo da acusação de sequestrar, matar e ocultar o corpo de Eliza.
A audiência ocorreu a pedido da então noiva do goleiro, Ingrid Calheiros, sob a alegação de que Bruno temia ser morto na prisão. Ela comentou sobre plano, que custaria R$ 1 milhão , para que a juíza Maria José Starling, de Esmeraldas (MG), libertasse o réu.