Quênia - O número de vítimas fatais após as inundações provocadas pelas fortes chuvas no Quênia aumentou para pelo menos 63, com mais de 35 mil pessoas deslocadas de suas casas, informou  nesta quinta-feira o vice-presidente do Quênia, William Ruto.
"É uma desgraça que tenhamos perdido 63 pessoas até o momento (desde o início da temporada longa de chuvas, em março). O Governo está a cargo e pedimos à população de áreas propensas a inundações que se transfiram para locais mais altos", afirmou Ruto, citado pelo jornal local Daily Nation. O vice-presidente queniano explicou que o Governo mobilizou 100 milhões de xelins (cerca de US$ 1,2 milhão) em ajuda alimentar e que ordenou ao Exército participar dos trabalhos de evacuação de afetados, que se concentram sobretudo no norte e no leste do país.
Para atenuar os efeitos recorrentes das chuvas no país africano, Ruto assegurou que o Governo levará ao Parlamento uma proposta de Lei de Gestão de Desastres. "Temos que eliminar o erro e acerto na gestão de desastres. A proposta de Lei deixará muito claro como tramitar as emergências nacionais", apontou o vice-presidente queniano.
O Quênia atravessa uma de suas duas temporadas de chuvas anuais, que normalmente vão de março até junho - na temporada longa de chuvas -, e de outubro a dezembro, na temporada curta. A perda de vidas humanas é frequente durante estes períodos devido à intensidade das precipitações, que unidas ao mal estado das infraestruturas quenianas podem causar grandes inundações, enchentes e deslizamentos de terras em questão de minutos. No ano passado, pelo menos 50 pessoas morreram no período das "chuvas longas" no Quênia.
As informações são da EFE