Rio -  Presidente regional do PSB, o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, declarou ontem ao DIA que vai apoiar o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) para o governo do Estado em 2014. Ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia de Sérgio Cabral (PMDB), Cardoso se elegeu com o apoio do PT, que deve ter como candidato ao governo o senador Lindbergh Farias.
Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia
Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia
“Eu vou apoiar o Pezão. É um homem sério e representa uma continuidade do que está indo bem”, disse o prefeito. Ele garante ter bom diálogo com o senador petista, mas considera que fazer oposição ao governo Sérgio Cabral está fora de cogitação. Não demonstra ter compromisso em apoiar o candidato do PT porque, segundo ele, o partido só entrou forte em sua campanha para prefeito de Caxias após uma intervenção direta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Eles (o PT municipal) queriam a todo custo plantar uma candidatura no município. O assunto só foi resolvido depois de intervenção da direção nacional”, recorda.
Cardoso também se considera comprometido com o PMDB por ter ocupado a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Cabral, que continua com o partido. “Apoio o Pezão porque estou há oito anos no governo. O Cabral fez um bom governo. Olha o investimento que teve o Rio. As Olimpíadas só estão no Rio por causa do Cabral”, destaca.
Para o prefeito, o governador fez boa escolha ao indicar Pezão como seu sucessor. “Quem coordena o processo de investimento no estado é o Pezão. Conhece profundamente todos os investimentos que estamos fazendo”, diz.
Apoio a Dilma contra Eduardo
Se Cardoso revela entusiasmo ao falar da eleição estadual, o mesmo não acontece em relação à sucessão presidencial. “É prematura a discussão. O executivo que discute 2014 em 2013 sai do governo para entrar no processo eleitoral”, disse ele, referindo-se ao maior líder de seu partido, o governador Eduardo Campos (PE), que se movimenta como candidato a presidente apesar de o PSB integrar o ministério de Dilma.
Ao dizer que Campos não é unanimidade nem no PSB, Cardoso aposta suas fichas na presidenta. “Se ela tiver 60% de aprovação em fevereiro, será que ele vai querer ser candidato?”, indaga.