Rio -  Acusado de ser o homem contratado para matar a modelo Eliza Samudio, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, será julgado nesta segunda-feira, a partir das 9h, no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O advogado dele, Fernando Magalhães, garante que o cliente não confessará o assassinato, mas admite que a condenação do ex-goleiro Bruno dificultará a absolvição de Bola, que será julgado por homicídio e ocultação de cadáver.
Macarrão (à esquerda) e Bola terão de explicar à Justiça, a partir de segunda-feira, como se conheceram e as razões de tantos telefonemas entre si | Foto: André Mourão / Agência O Dia
Macarrão (à esquerda) já foi condenado. Nesta segunda-feira, Bola será julgadoi | Foto: André Mourão / Agência O Dia
“Impossível ele confessar (o crime). O Ministério Público terá que provar que ele participou. Vamos desmerecer o depoimento do Bruno e mostrar que ele mentiu em vários momentos. Acho que a condenação do ex-jogador vai dificultar que a verdade apareça”, afirmou o advogado.
Durante seu interrogatório, Bruno admitiu que sabia que o ex-policial havia sido contratado por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, para matar Eliza. O ex-jogador foi condenado a 22 anos de prisão e Macarrão, a 15 anos.
O júri deve durar de três dias a uma semana. Sete jurados — que não poderão ser os mesmos dos julgamentos de Bruno e Macarrão — vão decidir o futuro de Bola. A expectativa é que ele revele o local onde foi deixado o corpo de Elisa.
Os próximos julgamentos estão marcados para 15 de maio. Serão do caseiro do sítio de Bruno, Elenilson Vitor da Silva, e do motorista do ex-goleiro, Wemerson Marques de Souza.