Rio -  O prefeito Eduardo Paes criticou a greve dos rodoviários que causa transtornos aos cariocas nesta sexta-feira, aniversário da cidade. Segundo o prefeito, as empresas de ônibus podem até ser punidas pela paralisação. Paes garantiu ainda que não vai aumentar o preço da passagem de ônibus neste momento.
"A gente espera que as concessionárias de ônibus tenham responsabilidade. Se não tiverem, serão punidas por isso. O que não pode é o trabalhador ser punido. Um movimento desses no aniversário da cidade claramente tem a intenção de estabelecer pressões. Nós não vamos aumentar a passagem agora. Peço desculpas ao trabalhador carioca e espero que ao longo do dia a situação volte ao normal", disse Paes em entrevista ao "Bom dia, Rio".
Com a greve, ônibus saem dos pontos lotados e muitos passageiros não conseguem embarcar | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Com a greve, ônibus saem dos pontos lotados e muitos passageiros não conseguem embarcar | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Ônibus são apedrejados na saída das garagens
O Secretário Municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, afimou que grevistas chegaram a agredir rodoviários que não aderiram à greve e apedrejaram ônibus nas saídas das garagens.
"Tivemos incidentes graves nesta manhã nas empresas Jabour e Pégaso, nas garagens em Campo Grande. Grevistas impediram a saída dos ônibus e agrediram rodoviários. Os veículos foram atingidos por paralelepipedos e pedras. Um comportamento inaceitável. A PM está no local para controlar a situação", disse o secretário.
Segundo Carlos Osório a greve é parcial e a prefeitura está exigindo das empresas de ônibus a disponibilização de toda a frota para atender aos cariocas.
"Essa é uma greve parcial. O serviço foi prejudicado principalmente na Zona Oeste da Cidade. A prefeitura determinou aos consórcios operadores de ônibus do Rio que coloquem imediatemente toda a frota na rua. É inaceitável uma situação dessas sem aviso prévio e sem justificativa", afirmou Osório.
Fila para entrar nos ônibus causa tumulto na Central do Brasil | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Fila para entrar nos ônibus causa tumulto na Central do Brasil | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Greve pega cariocas de surpresa 
O aniversário de 448 anos da cidade do Rio de Janeiro começou com uma greve de ônibus na madrugada desta sexta-feira. Motoristas e cobradores decidiram pela paralisação de advertência de 24 horas, em assembléia na noite anterior. Eles rejeitaram a proposta de 8% de reajuste salarial da RioÔnibus, que reúne as empresas de coletivos da capital fluminense.
A decisão da categoria pegou muitos cariocas de surpresa. Na Central do Brasil, um dos locais de maior concentração de passageiros da cidade, pontos cheios e um misto de indignação e dúvida sobre a chegada ao trabalho.
Patrões e empregados se reúnem pela manhã
A paralisação de motoristas e cobradores pode terminar antes do previsto. Às 10h desta sexta-feira, nova reunião está marcada entre patrões e empregados. O resultado desta nova rodada de negociações será levado à assembleia dos trabalhadores, ao meio-dia, no Guadalupe Country Club, na Zona Norte.
“Tentamos desde janeiro uma posição da Rio Ônibus e, agora, ela apresenta um reajuste de 8%. É claro que ele é bem-vindo, mas deveria estar atrelado as outras propostas que colocamos na mesa de negociação como cesta básica de R$ 200 sem descontos, tíquete alimentação de R$ 15 por dia, além de plano de saúde gratuito para o funcinário e três dependentes”, explicou o vice-presidente do Sintratub, Sebastião José.
O sindicato ainda reivindica jornada de trabalho de seis horas e o término da dupla função nos micro-ônibus, onde o motorista também atua como cobrador. A RioÔnibus vai entrar nesta sexta-feira na Justiça questionando a legalidade da greve, pois não houve avisos à população. 

Passageiros sofrem com greve de ônibus

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Os poucos ônibus que circulam estão sendo disputados