Seguro mais barato para carro começa a valer em junho
Governo vai regulamentar modalidade que deixará preços de apólices até 30% mais baixos para veículos populares
Foto: João Laet / Agência O Dia
No entanto, 80% destes carros têm até cinco anos de idade, distorção que o governo quer acabar com a criação do seguro popular.
CONSULTA PÚBLICA
As regras já foram desenhadas e serão colocadas em consulta pública no final do mês, para que as seguradoras opinem sobre o tema. No novo formato, o seguro de automóveis consegue atingir a população que deixa de lado a proteção pelo alto custo. O valor médio da apólice está em R$ 1,7 mil, ante a renda média do trabalhador de R$1.820, de acordo com dados de janeiro do IBGE.
“Nossas vendas estão concentradas na classe C e perdemos cerca de metade pelo preço”, diz Marcelo Blay, da corretora online Minuto Seguros.
Segunda tentativa
Esta é a segunda tentativa de lançar produto popular para automóveis. A primeira, em 2006, não obteve sucesso, uma vez que não permitia o uso de peças usadas e exigia a cobertura de responsabilidade civil para terceiros, causando desinteresse das seguradoras.
Pela regra atual, o consumidor terá a opção de contratar o seguro tradicional ou o popular. Neste último caso, ele terá cobertura para o que achar necessário — se não quiser proteção para roubo, por exemplo, poderá escolher apenas para colisão — e também terá a opção de consertos com peças usadas que não poderão ser consideradas itens de segurança, como freio e suspensão. Portas, para-choques e para-lamas poderão ser usados.
Reportagem de Flávia Furlan
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