Nesta quarta-feira (20), o Ministério da Saúde divulgou as novas regras para a cirurgia bariátrica. A medida vale para os procedimentos realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e as alterações foram publicadas no Diário Oficial da União.
A cirurgia bariátrica reduz o tamanho do estômago. (Foto:Divulgação)
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Dados sobre obesidade e cirurgia bariátrica
O número de cirurgias de redução de estômago cresceu no Brasil na última década (de 2001 a 2011). Em comparação com a quantidade de procedimentos realizados há cerca de dez anos, o salto foi de 800%.
De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, 70 mil operações de redução de estômago foram realizadas pelo SUS e rede particular em 2012. Em 2003, o número de procedimentos foi de apenas 16 mil.
Com as novas regras, o Ministério daSaúde espera reduzir o tempo de espera nas filas para realizar a cirurgia bariátrica pelo SUS. No entanto, o ministro Alexandre Padilha alertou que o Estado também precisa investir em políticas para que a população não chegue ao estágio de obesidade mórbida.
Um levantamento do Ministério da Saúde mostrou que os gastos do Governo Brasileiro comtratamentos de doenças ligadas a obesidade tem aumentado. Em 2011, o investimento foi de R$ 488 milhões para tratar 26 enfermidades, como diabetes, câncer e problemas cardiovasculares.
Cirurgia bariátrica pelo SUS: novas regras
A idade mínima para fazer cirurgia bariátrica pelo SUS passa a ser 16 anos. (Foto:Divulgação)
• A idade mínima dos pacientes para fazer a cirurgia bariátrica foi reduzida, passando de 18 para 16 anos;
• A idade máxima de 65 anos para realizar a operação foi retirada da lista de critérios;
• A rede pública de saúde vai se responsabilizar pelos exames e consultas, tanto do pré como também do pós-operatório;
• O valor médio repassado ao SUS para cobrir os gastos com cirurgias bariátricas (leitos hospitalares e médicos) foi reajustado em 20%;
• O Ministério da Saúde autorizou a realização de uma nova técnica para a redução de estômago, trata-se da gastrectomia vertical em manga. O procedimento, popularmente conhecido como sleeve, remove de 75% a 80% do estômago;
Uma nova técnica para a redução de estômago foi aprovada. (Foto:Divulgação)
• Apesar da aprovação de uma nova técnica, o SUS também continuará trabalhando com os métodos tradicionais de cirurgia bariátrica, como a gastrectomia com ou sem desvio duodenal, a gastroplastia vertical com banda e a gastroplastia com derivação intestinal;
• O sistema de saúde pública vai cobrir as despesas com cirurgias plásticas reconstrutivas após a redução de estômago. Desta forma, os pacientes poderão corrigir a flacidez da pele, que resulta do emagrecimento rápido;
• O Ministério da Saúde pretende melhorar a estrutura hospitalar, com novos materiais e equipamentos, para atender os pacientes obesos com mais qualidade. As salas de cirurgia serão preparadas para cuidar de possíveis complicações;
• Os hospitais que desejam trabalhar com cirurgias bariátricas pelo SUS deverão contar com uma equipe médica mínima, formada por cardiologista, anestesiologista, enfermeiros, clínico geral, pneumologista, endocrinologista, cirurgião vascular, cirurgião plástico, nutricionista, psicólogo, assistente social e fisioterapeuta.
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