Rio -  A política na Mocidade Independente de Padre Miguel promete fervilhar ainda mais. Laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) comprovou que assinaturas de sócios da escola de samba foram falsificadas numa assembleia em 2010.

Na reunião, o atual presidente Paulo Vianna decidiu, entre outras coisas, que a prestação de contas da Verde e Branca — antes analisada pelo sócios — fosse entregue à avaliação do Conselho Fiscal. O inquérito está na 4ª DP (Praça da República).
O laudo afirma que, "além de erros ortográficos, foram demarcadas divergências gráficas formais". Mesmo assim, ressaltam os peritos, as análises foram feitas em cima de cópias (xerox), o que não é o ideal para o resultado.
Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Paulo Vianna é o presidente da Mocidade | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Em dezembro, O DIA mostrou que o Ministério Público tinha iniciado investigação para apurar essa suposta fraude. Ao todo, a polícia chamou 12 pessoas para registrar suas assinaturas, a fim de que pudessem ser conferidas com as que constavam na lista de janeiro de 2010.

Nove foram consideradas falsas, e as outras três não puderam ser analisadas. O ICCE quer ver o livro original. A oposição acusa Paulo Viana de forjar as assinaturas para aprovar medidas que lhe favoreceriam.

Na assembleia, Paulo Viana também reconheceu o Instituto Educação e Pesquisa Sócio Cultural e Ambiental Mocidade do Futuro como entidade filiada à escola. “Ele conseguiu nova fonte de captação de recursos sem pagar dívidas trabalhistas”, acusou um ex-diretor, que não se identificou.

Vianna nega. “Ele jamais falsificou assinatura ou pediu que alguém o fizesse”, disse Edson Ribeiro, advogado da escola. A Polícia Civil informou que o inquérito está em andamento.