Rio -  A penúltima colocação no Carnaval reabriu feridas na Mocidade Independente de Padre Miguel. Nesta quinta-feira, o mestre-sala Feliciano Jr. seguiu os passos da porta-bandeira Squel, que na quinta-feira anunciou sua saída da escola, e despediu-se da agremiação em carta à comunidade.
Neste sábado, às 19h, no Ponto Chic, tradicional reduto do samba, a Velha Guarda promete sair às ruas pedindo a renúncia do presidente Paulo Vianna.
“A Mocidade chegou ao ponto que chegou porque é comandada por sambeiro, não por sambista. Chegamos ao cúmulo de desfilar sem paetês e com calças jeans neste Carnaval. A escola, que vinha luxuosa e brigava para ser campeã, agora briga para não ser rebaixada”, criticou Benjamin da Silva Filho, o Seu Didiu, um dos baluartes da escola.
Squel e Feliciano Jr. ficaram apenas um ano na Mocidade | Foto: Divulgação
Squel e Feliciano Jr. ficaram apenas um ano na Mocidade | Foto: Divulgação
A Velha Guarda acusa Paulo Vianna de má gestão e improbidade administrativa. Ainda segundo Seu Didiu, Vianna teria falsificado a assinatura de mais de 80 associados para permitir a transferência da quadra da escola para a Avenida Brasil.
“Tenho provas, boletins de ocorrência e registro do Ministério Público. Ele cedeu nossoterreno, da Mocidade Independente, em troca de um em nome da ONG Mocidade do Futuro, ou seja, a escola não tem mais quadra”, acusa Didiu.