Rio -  O primo do goleiro Bruno será ouvido como testemunha no julgamento do desaparecimento da modelo Eliza Samudio, que começa no próximo dia 4 de março. O Trbunal de Justiça de Minas Gerais confirmou a informação nesta segunda-feira.
Segundo a Justiça, a convocação de Jorge Luiz Rosa, primo de Bruno, foi pedida tanto pelo Ministério Público, quanto pela defesa do goleiro. Ele será ouvido como testemunha por ambas as partes.
Primo de Bruno acusa Macarrão
Em depoimento cheio de contradições, Jorge Luiz Rosa, afirmou neste domingo ao "Fantástico" que Macarrão foi o mentor do assassinato. Admitiu ainda ser improvável que Bruno não soubesse o que Macarrão estava tramando, apesar de o goleiro não desejar a morte de Eliza. Macarrão também teria oferecido a Jorge R$ 15 mil para matar Ingrid, atual mulher do goleiro, por ciúmes.
Primo de Bruno acusa Macarrão de ser o mentor do crime | Foto: Reprodução TV
Primo de Bruno acusa Macarrão de ser o mentor do crime | Foto: Reprodução TV
Para o promotor Henry Vasconcelos, esta foi mais uma manobra da defesa de Bruno para incriminar Macarrão, já condenado pelo crime em julgamento que ocorreu em novembro do ano passado.
O rapaz ainda revelou que o filho do goleiro, Bruninho, também estava marcado para morrer. “Pelo Macarrão, a criança tinha morrido também. Dentro do carro, ele falou para mim que só não mandou matar a criança também porque o cara que executou a mãe não quis fazer nada”. Jorge ainda disse que o goleiro soube do fato momentos depois do crime. Dias depois, Bruno deu uma entrevista dizendo que estava triste pelo desaparecimento de Eliza: “Estou triste com isso. Estive com ela, não sei dizer muito bem, mas talvez uns dois, três meses atrás, quando eu fui conhecer a criança."
Até hoje o corpo de Eliza não foi encontrado. Bruninho, fruto da conturbada relação, vive atualmente com a avó materna. Em novembro, Macarrão e Fernanda Gomes de Castro foram julgados. Ela foi condenada a cinco anos em regime aberto pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e Bruninho. Já Macarrão pegou pena maior , 12 anos em regime fechado, já que também foi condenado pelo assassinato de Eliza.
O advogado de Macarrão não comentou as declarações do primo do goleiro e a promotoria acredita que o primo do goleiro esteja sendo manipulado pela defesa de Bruno. Ao final de entrevista, Jorge reforçou que acreditava que Bruno sabia de tudo e que, por isso, o crime foi premeditado.
O julgamento de Bruno está marcado para o próximo dia 4 de março, no fórum de Contagem, Minas Gerais. Se condenado, ele pode pegar 41 anos de cadeia. A ex-mulher do goleiro, Dayanne do Carmo Souza, acusada de envolvimento no sequestro e cárcere privado de Bruninho, também será julgada na ocasião.