Rio -  Parentes próximos do homem, os macacos são animais importantes para o equilíbrio ecológico das florestas brasileiras. No entanto, muitas espécies estão ameaçadas de extinção. É para tentar reverter esse quadro que o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), tem se dedicado a pesquisas que visam à conservação dos primatas neotropicais.
Centro de Primatologia abriga 220 macacos, de 30 espécies, entre elas o muriqui, o maior macaco das Américas | Foto: Divulgação
Centro de Primatologia abriga 220 macacos, de 30 espécies, entre elas o muriqui, o maior macaco das Américas | Foto: Divulgação
Criada em 1975, a unidade fica na Estação Ecológica do Paraíso, em uma área de 4.920 hectares, entre os municípios de Guapimirim e Cachoeiras de Macacu. O centro – que é referênciamundial em pesquisas com esses primatas – abriga, atualmente, cerca de 220 macacos, de 30 espécies diferentes, entre elas o muriqui, considerado o maior macaco das Américas, o mico-leão-dourado, o mico-leão-preto, o macaco-prego e o macaco-aranha. Os animais são originários de diversos estados brasileiros.
É nesse espaço onde são realizados, em parceria com universidades e institutos científicos nacionais e internacionais, estudos bem-sucedidos sobrepreservação dos símios, anatomia, doenças, manejo nutricional e comportamental das espécies, além de sua reprodução em cativeiro e pesquisas para reintrodução dos animais na natureza. “Quando o Centro de Primatologia foi fundado haviam 300 micos-leões-dourados na natureza. Hoje, há cerca de 1,7 mil. O número superou as expectativas e nós, com o apoio do Inea, contribuímos com esse resultado”, explicou o chefe de pesquisa do Centro e médico-veterinário, Alcides Pissinatti.
O CPRJ também tem atuado como um banco genético de espécies com risco de sobrevivência, para liberar exemplares para zoológicos e centros de preservação do Brasil e de outros países e melhorar o patrimônio genético da população cativa. Os macacos recebem uma alimentação variada e balanceada, que inclui frutas, insetos, queijos, sementes, castanhas e vegetais. Por mês, são consumidas, em média, cerca de 5 mil quilos de frutas.