Rio -  Eficiência, qualidade de vida e sustentabilidade permeiam a escolha de uma moradia. E os bairros inteligentes ganham espaço no mercado porque atendem a essas exigências, com conceito urbanístico inspirado no Novo Urbanismo, movimento que surgiu nos Estados Unidos em contraponto às cidades onde o carro é privilegiado.
O grande diferencial desses projetos é a qualidade de vida. Bairros inteligentes, em geral, são desenvolvidos em áreas com milhões de metros quadrados, integradas a tecidos urbanos consolidados, que oferecem residenciais horizontais e verticais, comércio, indústria, serviços e lazer, cercados de áreas verdes. Os projetos procuram privilegiar os pedestres e ciclovias, criando espaços públicos atraentes e seguros.
Aplicado ao bairro inteligente, o Novo Urbanismo promove diversidade de usos e de classes, assim como a qualificação dos espaços públicos. Pontos de encontro são valorizados, e o volume de construções é harmonioso. Moradia, trabalho, comércio, escola e lazer são reunidos em espaços mais acessíveis, e as áreas naturaispreservadas criam grandes parques protegidos e integrados à cidade.
A estruturação econômica e financeira dos bairros inteligentes é um dos desafios da sua implantação. Aspectos como timming de ocupação e geração de demandas para atividades complementares são importantes e podem demandar algum tipo de operação inicial subsidiada. O empreendedor precisa estar preparado para um planejamento de longo prazo para ter um projeto economicamente sustentável e equilibrado.
Hoje, no Brasil, são amplas as oportunidades em cidades médias e metrópoles em fase de expansão econômica que trazem oportunidades para construirmos cidades mais ordenadas, sustentáveis e belas.
Ivo Szterling é diretor de Urbanismo da Cipasa