Rio -  A hepatite A, infecção aguda por um vírus que ataca o fígado, poderá ser detectada mais facilmente. Cientistas do Instituto Oswaldo Cruz desenvolveram um teste mais simples, barato e aceitável do ponto de vista bioético. No exame, eles substituíram o anticorpo obtido de soro sanguíneo de coelho por anticorpo retirado de gema de ovo, o que permitirá ampliar o número de exames.
A troca do anticorpo imunoglobulina G (IgG) de mamíferos imunizados pela imunoglobulina Y (IgY), da gema, está em fase de validação. Em contato  com o sangue da pessoa infectada, o vírus no teste liga-se ao anticorpo do paciente, dando o diagnóstico.
A gema tem concentração de anticorpo três vezes maior do que o mesmo volume de soro de coelho. O exame será útil em estudos de prevalência da doença e na seleção de pessoas que precisam de vacina. Ela é aplicada a partir dos 12 meses, em duas doses, porém não faz parte do programa do Ministério da Saúde.
A transmissão da hepatite A ocorre através do consumo de água ou alimentos contaminados com fezes de infectados; algo comum em áreas sem saneamento.
A Organização Mundial de Saúde estima que um 1,5 milhão de novos casos de hepatite A são registrados no mundo, anualmente. Os sintomas, quando aparecem, são náusea, febre, falta de apetite, fadiga e pele amarelada.O novo teste foi desenvolvido a partir de pesquisa de Alexandre dos Santos da Silva, em parceria com o Centro Universitário Serra dos Órgãos.