Rio -  Pela primeira vez, cientistas mostraram que é possível criar células cerebrais a partir da pele do próprio paciente. O estudo pode significar um grande avanço no tratamento de doenças degenerativas, como a esclerose múltipla.
pesquisa da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, consiste em transformar uma amostra de células da pele em pluripotentes. Depois, elas são induzidas a virarem células de mielina, tecido que reveste os neurônios, auxiliando impulsos nervosos.
Por originarem-se do próprio paciente, as células não sofreriam rejeição ao serem implantadas no cérebro. Os testes foram bem-sucedidos em ratos, cujo transplante restaurou a mielina do cérebro e da medula desses animais, permitindo sua sobrevida.
Nas doenças degenerativas cerebrais, o sistema imunológico destrói as células de mielina, deixando os nervos expostos e causando fadiga e perda do movimento. Até então, só se conheciam tratamentos envolvendo células embrionárias, que geram fortes resistências éticas.
Além disso, o uso de embriões pode desenvolver tumores e rejeição do paciente, o que não aconteceu ao manipular as células da pele.