Capitais terão unidades móveis de teste rápido de aids até 2014
Além dos testes, a equipe que trabalha no trailer dá informações e apoio às populações mais vulneráveis à doença. O coordenador do projeto, Beto de Jesus, explicou que a iniciativa tem dado capilaridade ao Sistema Único de Saúde (SUS), pois chega a pessoas que, geralmente, têm medo de sofrer preconceito e evitam a rede pública para fazer o exame. “Trabalhamos com horários alternativos, à noite, aos domingos, quando as unidades de saúde estão fechadas. E também vamos onde essa população está. Muitas vezes, o estigma e a discriminação impedem que essas pessoas sejam atendidas na rede pública.”
Os bairros da Lapa e Madureira, locais identificados como os de maior frequência desse público na cidade do Rio, contarão com o trailer duas vezes por semana, sempre no período da noite, por cinco horas.
A equipe da unidade móvel é composta por dez pessoas: uma coordenadora, dois aconselhadores, quatro educadores, dois flebotomistas (que fazem o teste) e o motorista. Embora o resultado saia em cerca de 15 minutos, todo o processo de conversa e aconselhamento dura aproximadamente uma hora.
No caso de um resultado positivo, a pessoa é encaminhada para uma unidade de saúde pública. Para Beto, o fato de os aconselhadores e flebotomistas serem funcionários de uma unidade de saúde (federal, municipal ou estadual) contribui para uma reflexão dentro das próprias comunidades e para a diminuição do preconceito. “Esses funcionários costumam indicar a pessoa com teste reagente para a unidade onde trabalham e criam uma situação mais favorável para esses pacientes. Depois da experiência no trailer, esses funcionários voltam para o serviço com uma outra cabeça”, completou.
Dados do Ministério da Saúde do fim do ano passado apontam que cerca de 530 mil pessoas convivem com HIV/Aids no Brasil. Cerca de 255 mil não sabem que têm a doença.
As informações são da Agência Brasil
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