Rio -  Dez dias após ser fechada, a Prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada, foi reaberta ontem pelo prefeito Nelson Bornier (PMDB). As portas foram trancadas no dia 1º, quando Bornier tomou posse e anunciou que faria auditoria para analisar dívidas de gestões anteriores.
De acordo com levantamento feito pelos membros da Comissão de Transição, as dívidas chegam a R$ 1.028.166.634,11. A maior delas vem do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (Previni): cerca de R$ 544 milhões.
Segundo o prefeito, dois débitos que o deixam bastante preocupado referem-se à merenda escolar (R$ 8,7 milhões) e ao Hospital Geral de Nova Iguaçu (R$ 126 milhões). “Vamos fazer uma composição com os credores e daremos prioridade à merenda escolar, à educação e ao Hospital da Posse”, prometeu.
Logo após reabrir a prefeitura, ele seguiu para o Hospital da Posse, onde se encontrou com o secretário de Saúde Luiz Antônio Teixeira e o diretor do hospital Dr. Joé Sestello. Eles foram conferir o andamento das reformas emergenciais que estão sendo feitas na unidade.
“Encontramos o hospital em uma situação muito difícil. Hoje, o aparelho raio-x está funcionando, o tomógrafo também, o atendimento médico está normalizado. Nestes 10 dias conseguimos fazer 46 transferências e 200 altas hospitalares”, contou o secretário.
Bornier anunciou as próximas medidas que pretende tomar na área da Saúde. “Vamos reabrir a Maternidade Mariana Bulhões e inaugurar duas novas emergências no Hospital da Posse em até 50 dias”, disse o prefeito.
À espera da aprovação do orçamento
Nelson Bornier também afirmou que enxugou a máquina administrativa. Ele disse que acabou com o que chama de ‘cabine de empregos’ extinguindo 1.085 cargos comissionados e as secretarias de Trânsito, Comunicação Social, Meio Ambiente e Despesa. O prefeito também revelou que ainda aguarda a aprovação do orçamento de 2013.
“Não tenho um centavo para começar a trabalhar. O orçamento deverá ser de R$ 1,1bilhão, mas ainda não foi aprovado pela Câmara”.