"Não colocarei um centavo do meu patrimônio. Só colocarei a minha experiência profissional". Esse é o pensamento atual de Paulo Nobre, eleito presidente do Palmeiras nesta semana. Na gestão, ele diz que não repetirá o gesto que fez entre 2007 e 2009, quando era vice-presidente e tirou dinheiro do seu bolso para organizar as finanças. E a situação palmeirense não é boa. O time hoje deve até três meses de direitos de imagem, maior parte do salário de muitos atletas.

Paulo Nobre, entretanto, lamenta já ter doado ao clube como dirigente. "Quando fui vice-presidente, me comprometi comigo mesmo a não colocar meu patrimônio pessoal e errei. Coloquei dinheiro para atraso de salário, de bicho, luvas, e isso é um erro", afirmou.
Foto: Rafael Neddermeyer / Agência O Dia
Foto: Rafael Neddermeyer / Agência O Dia
"O clube não pode, em hipótese alguma, ser refém do dirigente. Senão vem um dirigente muito rico, resolve todos os problemas e acaba comprando o clube. É errado. A instituição tem que sobreviver por ela mesma", indicou o presidente, ressaltando que os recursos para as reformas que promoveu há seis anos, como na Academia de Futebol, vieram de doações de "palmeirense ilustres".

Agora, Paulo Nobre não quer ficar marcado por nada, nem positivo nem negativo. Seu discurso é de colocar o clube nos trilhos, sem vaidade. "O Palmeiras precisa ter a cara do Palmeiras, não de um presidente ou de um dirigente", ensinou.

Ele ainda minimizou o seu patromônio. "Dizem que sou sócio majoritário do Itaú. Se eu tivesse 1% das ações do Itaú, o Real Madrid teria inveja do Palmeiras", argumentou o mandatário, sorrindo e avisando que, se tivesse a fortuna que imagina, ajudaria o Verdão de outra maneira. "Eu nem seria presidente, patrocinaria o clube com qualquer marca que eu teria", completou.
As informações são do iG