Rio -  O Ministério Público coloca em xeque a liberdade de Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, condenada por sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio e do bebê a 5 anos de prisão em regime aberto. O promotor Henry Wagner Vasconcelos quer que ela vá para a cadeia.
"Pena acima de 4 anos prevê regime semi-aberto. Então Fernanda ficaria todos os dias na prisão até conseguir emprego e ganhar o direito de visitar a família periodicamente", afirmou. Para isso, o promotor entrou com novo recurso na Justiça. A defesa de Fernanda, que ganhou o direito de recorrer da decisão em liberdade, também quer a anulação do júri.
Fernanda Gomes de Castro faz parte da complexa lista de relacionamentos amorosos do goleiro Bruno | Foto: Reprodução
Fernanda Gomes de Castro faz parte da complexa lista de relacionamentos amorosos do goleiro Bruno | Foto: Reprodução
Além de Fernanda, em novembro do ano passado, o Conselho de Sentença também condenou Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, a 12 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, e mais três, em regime aberto, por sequestro e cárcere privado.
A batalha defesa x acusação ganha novo capítulo
A dois meses do julgamento Bruno, defesa e acusação voltam a travar embate no tapetão do Judiciário. A maior reviravolta do caso pode acontecer na tarde desta quarta-feira. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais julga se anula a decisão do júri de Contagem.
O pedido de anulação foi feito pelos advogados do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, suspeito de executar Eliza. Eles alegam que tiveram o direito de defesa cerceado no julgamento em novembro. Bola, Bruno e Dayanne do Carmo, ex-mulher do goleiro, serão julgado pelo envolvimento na morte de Eliza em 4 de março. Outros dois suspeitos, Elenilson da Silva e Wemerson Marques de Souza, ainda não têm data para irem a júri popular.
Quebra de sigilo bancário
Fechar o cerco às contas bancárias do goleiro Bruno de Souza é mais uma estratégia do Ministério Público para provar que ele foi o mandante da morte da ex-amante Eliza Samudio, em 2010. A quebra do sigilo foi determinado pela Justiça. Pelo crime, Bruno é acusado de ter pago R$ 5 mil. “Isso é absurdo. As investigações já foram encerradas”, protestou Francisco Simim, um dos advogados de Bruno.
Nesta terça-feira, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues determinou a expedição da certidão de óbito de Eliza. “Se existe decisão que reconhece a morte, não faz sentido determinar que genitores ou herdeiro percorram a via-crúcis de outro processo”, disse a magistrada, esclarecendo que o registro civil da morte resguarda os direitos de Bruninho, filho da ex-modelo com o jogador. Pelo documento, ela morreu por asfixia em 10 de junho de 2010.