Bairros sofrem com mau atendimento em agências dos Correios
POR PALOMA SAVEDRA
Lotação na agência do Largo do Machado | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
“Antes, eu esperava até 15 minutos. Venho no horário de almoço do trabalho, pois não tenho o dia todo”, reclamou o chefe de manutenção Robson Franklin, 32.
Indignado, Enzo Soares, 53, esbravejou: “É absurdo! Nós do bairro só temos esta agência”. A publicitária Mônica Cunha, 50, está prejudicada:”Tenho uma loja virtual e envio produtos para o país todo pelo correio todo dia. Sou obrigada a esperar uma hora sempre”.
Tamanho é documento
Moradores do Andaraí e Grajaú também estão insatisfeitos: “Venho até a agência da 28 de Setembro, em Vila Isabel. É inacreditável um bairro não ter um serviço fundamental”, queixou-se a fisioterapeuta Flávia Oliveira, 32, que saiu do Grajaú para ser atendida no local.
O fechamento das franquias deve-se à não adequação às normas do edital de licitação de 2011. Essas unidades não cumpriram exigências da União, como área compatível com quantidade de guichês e sistema de automação online. A agência da Praça São Salvador, por exemplo, ‘perdeu a vez’ pois o guichê deveria ter mais 14 cm de largura.
Das 221 agências do estado do Rio licitadas em 2011, 80 não tiveram vencedores — 55 na capital.
Os Correios informaram que no estado 134 franquias foram licitadas — dessas, 96 já instaladas e 28 passam por reformas. São 247 agências próprias. A empresa afirma ainda que há previsão de concurso público para o primeiro trimestre deste ano e que providencia reforço de pessoal no atendimento, entre outras medidas. São 11.607 empregados na área operacional (carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo).
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