Rio -  O prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, disse que a medida mais eficiente para evitar novas vítimas de enchentes é a retirada da população que mora à beira dos rios. Porém, ele admitiu que é difícil convencer os moradores. De acordo com Cardoso, nem os que tiveram casas castigadas pelas chuvas querem sair. A Secretaria Municipal de Assistência Social está levando levando itens básicos para os que estão sem moradia, como colchões e água.
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Ex-secretário de Meio Ambiente de Duque de Caxias, Samuel Maia disse que a tragédia no município já era anunciada. Segundo ele, a gestão da qual participou não pôde retirar os moradores das áreas de risco com promessa de indenização porque não obteve recursos estaduais e federais suficientes. Mesmo assim, segundo Maia, o ex-prefeito José Camilo Zito notificou moradores e instalou sirenes de alerta.
Porém, a moradora da Estrada de Xerém Arina Maciel, que teve sua casa invadida pela água e perdeu todos os móveis, disse nunca ter recebido aviso para sair de seu imóvel. A aposentada, de 70 anos, teve que ser resgatada por um vizinho, e saiu pela janela de casa. No balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, 45 casas foram sido destruídas e pelas chuvas e 200 foram danificadas.
O cadastro para o recebimento do cheque de R$ 5 mil para quem perdeu tudo nas enchentes já começou a ser feito. Agentes da Defesa Civil e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estão percorrendo o distrito de Xerém para identificar casas em área de risco.
Reportagem de Constança Rezende