São Paulo -  O operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza, relatou à Procuradoria-Geral da República (PGR), em setembro, que dirigentes do Banco do Brasil implantaram um “pedágio” das agências de publicidade que prestavam serviços ao banco público, segundo reportagem publicada na edição desta quarta-feira do jornal “O Estado de S. Paulo”.
Foto: Reprodução Internet
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Segundo depoimento de Valério à PGR, 2% de todos os contratos firmados entre o Banco do Brasil e agências de propaganda eram enviados para o caixa do PT. O jornal destaca que, em 2 anos, os repasses da instituição financeira pública às cinco agências de publicidade com quem mantinha contrato superaram R$ 400 milhões. Uma empresas era a DNA Propaganda, que era de propriedade do operador do mensalão.
O Banco do Brasil informou, por meio de nota, que as agências de publicidade são contratadas por licitação e que encaminhou a conclusão de uma auditoria ao Supremo Tribunal Federal (STF). “O Banco do Brasil informa que prestou todas as informações solicitadas às autoridades competentes pela investigação dos fatos, assim como realizou auditoria interna e encaminhou a conclusão ao Supremo Tribunal Federal", diz a nota.
Marcos Valério também disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou empréstimos dos bancos Rural e BMG para o PT com objetivo de viabilizar o esquema. Conforme a publicação, o dinheiro também foi usado para pagamento de "despesas pessoais" de Lula. O PT negou ter arcado com os honorários do advogado do Marcos Valério.