Rio - O departamento histórico do Flamengo pretende entrar na Fifa em defesa de Zico. A ideia inicial era contestar o recorde de Messi como maior goleador em um ano (88 gols, com os dois desta quarta-feira na Copa do Rei), comprovando que o eterno camisa 10 rubro-negro marcou mais: 89 gols em 1979. Só que o argumento principal - os amistososdisputados pelo clube, não contabilizados pela entidade - também favorece o argentino e faz com que o objetivo passe a ser apenas o reconhecimento do ídolo do clube entre os maiores.
Ao levantar todos os gols de Zico em 1979, além dos oficiais pelo time e pela Seleção, o Flamengo contabilizou amistosos do clube e um jogo festivo em Buenos Aires em comemoração a um ano do título mundial da Argentina. Para a contagem da Fifa, só são levados em consideração jogos oficiais ou amistosos de seleções. O que é considerado um erro pelo coordenador de pesquisa do departamento histórico do Fla, Bruno Lucena.“No passado a realidade era outra. Zico fez esses gols e foi reconhecido. A Fifa tem que saber e reconhecer o recorde. Não contabilizar amistosos é errado. Se servem para somar nosso recorde de invencibilidade (52 jogos entre 78 e 79), também têm que valer para gols”, argumenta.O problema é que, pelo critério proposto pelo Flamengo, Messi também teria ultrapassado Zico e já seria o dono do recorde. Na contagem do craque este ano, a Fifa deixou fora sete gols marcados por ele em quatro amistosos do Barcelona no início da temporada atual (os da seleção argentina são contados) e já estaria com 95.
Ao saber da informação, Bruno Lucena seguiu com a ideia de ir à Fifa, mas mudou a reinvidicação.
“Queremos que o Zico seja reconhecido, divulgar o que ele fez. Se tem mais ou menos gols que o Messi, não importa. O Pelé tem 75 e é lembrado. Queremos o mesmo. Não é qualquer um que chega a 89 gols em um ano, e Zico ficou dois meses parado com lesão”, ressalta.
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