Rio -  O Chelsea será o adversário do Corinthians na final do Mundial de Clubes. Sem dificuldades, o time inglês fez 3 a 1 no Monterrey, gols de Mata, Fernando Torres e Darvin, contra, para 36.648 pessoas no estádio de Yokohama. Público que esteve longe de representar apenas os dois times envolvidos na partida que definiu o rival corintiano na luta pelo bicampeonato mundial. De Nigris anotou o tento dos mexicanos.

Com maioria de fãs japoneses, o Chelsea obviamente teve mais torcedores no estádio, mas a passividade com que estes assistiram à partida, com apenas manifestações pontuais, sem gritos de incentivo ou cantos, fizeram com que uma minoria corintiana, curiosa por ver o rival, fosse destaque. Havia ainda alguns poucos mexicanos, que desanimados pela derrota pouco cantaram. E, claro, ingleses e australianos fãs do Chelsea, que mesmo em pouco número, tentaram animar sua equipe com gritos mais tradicionais.
Mata marcou o primeiro gol do Chelsea na semifinal | Foto: EFE
Mata marcou o primeiro gol do Chelsea na semifinal contra o Monterrey | Foto: EFE
Corinthians e Chelsea farão a final no próximo domingo, dia 16 de dezembro, às 8h30 (de Brasília), em Yokohama. Com o futebol apresentado contra o Monterrey, o Chelsea ao menos chega com uma impressão melhor à final, já que o Corinthians não teve facilidade para vencer o Al Ahly.

  O jogo
Os treinamentos do time do Chelsea ao longo desta semana foram fechados à imprensa e o técnico Rafael Benítez escondeu a sua escalação até minutos antes do jogo. Mesmo com a imprensa inglesa afirmando que a equipe não teria novidades, o treinador espanhol surpreendeu e fez algumas importantes alterações nos 11 jogadores que foram a campo.

Zagueiro de origem, David Luiz, que jogou na condição de reserva na última partida no Campeonato Inglês, foi improvisado como volante, no lugar de Ramires, poupado e colocado no banco de reservas. Ainda no sistema defensivo, o lateral direito Azpilicueta ganhou a vaga de Ivanovic, que entrou no lugar de David Luiz.

Já no meio-campo, Oscar, Mata e Hazard, que dificilmente jogariam juntos, foram confirmados na armação do time, que ganhou mais mobilidade e um maior poder de marcação com a entrada de David Luiz, destaque da equipe no primeiro tempo. E logo aos 17 minutos, após boa troca de passes, Mata recebeu bola na entrada da área e abriu o placar para o Chelsea.

Depois do tento, a equipe de Rafa Benítez diminuiu o seu ritmo e viu os Rayados crescerem na partida. No entanto, os chutes de fora da área e as bolas lançadas na direção do atacante De Nigris não foram suficientes para superar a forte marcação dos Blues, que foram para o intervalo com a vantagem mínima no marcador.

E na etapa complementar, a estrela do belga Hazard brilhou. Logo no primeiro minuto, mais precisamente aos 17 segundos, ele fez boa jogada pela esquerda e tocou para Fernando Torres, que chutou e contou com desvio adversário para ampliar. No lance seguinte, em outra jogada de Hazard, Mata recebeu passe, chutou e viu Chávez desviar contra seu próprio patrimônio: 3 a 0.

Sem conseguir assimilar os rápidos golpes fatais, a equipe rayada ainda viu Oscar, Hazard e Mata desperdiçarem chances de iniciar uma goleada nos lances que seguiram. Mas, pensando no seu limite físico, o time inglês reduziu a marcha: Benítez lançou os veteranos Lampard e Paulo Ferreira nos lugares de David Luiz e Mata, priorizando a manutenção do resultado. De Nigris, já no último lance, penetrou a área adversária e tocou na saída de Cech para fazer o gol de honra dos mexicanos.
As informações são do repórter Bruno Winckler, do iG