Argentina -  Uma greve nacional das centrais sindicais de oposição à presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, provocou ontem o cancelamento de 25 voos entre Buenos Aires e o Brasil. Foi a primeira grande greve geral no país em dez anos, ocorrida 13 dias após uma grande manifestação da classe média, que se opõe à segunda reeleição da presidenta e protesta contra a insegurança no país.
Manifestantes fizeram piquetes e bloquearam os acessos das principais avenidas da capital argentina | Foto: EFE
Manifestantes fizeram piquetes e bloquearam os acessos das principais avenidas da capital argentina | Foto: EFE
As viagens canceladas foram das companhias Aerolíneas Argentinas —17 voos —, Austral —quatro voos — e LAN — outros quatro —, que deveriam partir do aeroporto de Ezeiza e do Aeroparque Jorge Newbery, no centro da capital argentina. As operações das companhias brasileiras TAM e Gol para os mesmos destinos não foram afetadas. As companhias informaram que não receberam nenhum pedido de outras empresas para acomodar passageiros em seus voos.
Os voos da Aerolíneas Argentinas —-sete do Aeroparque e quatro de Ezeiza-- foram reprogramados para hoje, com destino a São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
A paralisação incluiu os funcionários dos aeroportos e a tripulação dos aviões das companhias argentinas, que são vinculados à CGT (Central Geral dos Trabalhadores), comandada por Hugo Moyano, opositor à presidente Cristina Kirchner. Os sindicalistas também paralisaram a maior parte do sistema de trens, um setor dos ônibus detransporte urbano, além de suspenderem parcialmente o sistema de metrôs.
Os sindicatos também fizeram piquetes nas principais avenidas, além de bloquearem a maioria dos acessos viários à capital argentina.
A Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) informou ontem que notificou as empresas aéreas argentinas a prestarem assistência aos passageiros que não puderam embarcar.