Argentina -  Centenas de milhares de argentinos saíram às ruas nesta quinta-feira em diferentes pontos do país para protestar contra as políticas do Governo de Cristina Kirchner, em uma grande mobilização convocada através das redes sociais.
"Está muito mal, está muito mal, mentir para o povo em cadeia nacional", cantava a multidão concentrada ao pé do Obelisco portenho, epicentro das manifestações em Buenos Aires.
Argentinos fazem grande protesto contra o governo de Cristina Kirchner | Foto: EFE
Argentinos fazem grande protesto contra o governo de Cristina Kirchner | Foto: EFE
Assim como ocorreu na convocação de 13 de setembro, as exigências eram múltiplas e se refletiam em cartazes exigindo segurança, respeito à liberdade de imprensa e Justiça independente.
Os manifestantes também denunciavam a inflação, as restrições cambiais e uma eventual reforma constitucional que habilite Cristina a tentar um terceiro mandato presidencial em 2015.
"Venho pela ânsia de liberdade que tenho. Quero ser livre e agora tenho que pensar como eles, ir aonde eles queiram e ter o dinheiro que eles queiram. A liberdade é o bem mais prezado e estão nos tirando isso pouco a pouco", afirmava Gladys, um advogada de 78 anos. Centenas de moradores apoiavam a manifestação desde suas janelas, com o famoso panelaço, aplaudindo e gritando "Argentina, Argentina".
No norte da capital, milhares de pessoas se somaram ao protesto, com panelas nas mãos, nas portas da residência presidencial. Também houve grandes manifestações em grandes cidades do interior do país como Córdoba, Salta, Rosário, Mendoza, Santa Fé, La Plata e Bariloche, entre outras. Por fim, argentinos também protestaram no exterior, em cidades como Nova York, Sydney, Viena, Berlim, Roma, Milão, Paris, Barcelona, Madri e Londres.
Em resposta às manifestações, Cristina Kirchner afirmou nesta quinta-feira que a Argentina vive uma "democracia total", e aproveitou para pressionar os dirigentes de oposição a revelar suas autênticas intenções.
Cristina emplacou um segundo período presidencial em outubro de 2011, em eleições na qual somou 54% dos votos, tendo à época uma imagem positiva de 63,3%. Doze meses depois, no entanto, o apoio à presidente desabou a 42,4%, enquanto a negativa cresceu a 42,9%, segundo as últimas pesquisas da consultoria privada Management & Fit.
As informações são da EFE