Rio -  As donas de casa estão precisando gastar mais para ter à mesa comidas mais saudáveis. Dados levantados pelo economista do Ibre/FGV André Braz, apontam que as compras de hortaliças, legumes e frutas realizada semanalmente em feiras-livres, hortifrútis e supermercados subiram 25,61%, em média, entre novembro de 2011 e outubro de 2012.
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Tomate, cebola e alho estão pesando no bolso: Dica é pechinchar, diz economista | Foto: Divulgação
Esta elevação supera a inflação média acumulada pelo IPC/FGV, que no mesmo período subiu 5,97%. Entre os 27 produtos avaliados, poucos apresentaram taxa de variação abaixo do IPC/FGV, como: laranja pera (-8,12%) e mamão formosa (-0,33%).
Já a cebola (56,84%), o tomate (54,62%) e o alho (42,68%) — produtos bastante utilizados nas refeições — estão pesando mais no bolso. A despesa com hortaliças, legumes e frutas comprometem cerca de 2% do orçamento familiar.
André Braz explicou ao Dia que o aumento de legumes, hortaliças e frutas se deve as condições climáticas desfavoráveis, a mão de obra, o aumento do salário (acima da inflação) e ao curto espaço de tempo para os produtos se repostos no mercado.
Dica é pechinchar
"Esses produtos têm alta de tempos em tempos, mas essa taxa é curta e correram mais choques negativos por causa do clima. Há um mês falamos em alta do tomate no tempo em que ele não sobe. Nesse tempo curto não conseguiram baixar preço. Também ocorreu por causa do óleo diesel e da mão de obra e os salários em termo reais, que vem aumentando acima da inflação, que tem influencia no mercado", comentou.
Para o economista, a tendência para as próximas semanas que a taxa de variação da pesquisa, mesmo sendo de 12 meses, pode já mostrar um cenário pessimista para as próximas semanas.
"Em dezembro não vejo que (o preço) vai recuar, porque no verão a cultura desse alimentos fica comprometida por causa da chuva, das estradas em péssimas condições por causa da chuva e do sol. Não vejo que terá um recuo intenso".
Para muitas pessoas que não deixam faltar tais alimentos na comida, como tomate, cebola e alho, mesmo em época de alta de preços, o economista diz que a dica é fazer uma pesquisar desses alimentos.
"É difícil abrir mão, mas o que pode ser feito é pesquisar, pechinchar. Só assim ele pode encontrar um preço mais competitivo, mesmo os produtos pecando pela qualidade nessa época".