São Paulo -  A investigação da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, apontou que o diretor afastado da Agência Nacional de Águas, Paulo Vieira, um patrimônio milionário. Para a PF, ele é o chefe da quadrilha que comprava relatórios de funcionários públicos para favorecer empresas privadas.
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Vieira tem quatro apartamentos, um carro de R$ 300 mil e mais de R$ 1 milhão aplicados em bancos | Foto: Reprodução Internet
De acordo com a PF, Vieira comprou quatro apartamentos na capital paulista e um carro de R$ 300 mil, tudo em nome de terceiros. E também tem mais de R$ 1 milhão aplicados em contas bancárias. Além disso, Vieira é dono da faculdade Facic, em Cruzeiro, no estado de São Paulo.
Paulo Vieira, que está preso, foi transferido nesta quarta-feira de Brasília para a superintendência da Polícia Federal em São Paulo. O irmão de Paulo, Rubens Vieira, também pediu para ser transferido da Papuda, onde está preso.
Delator cita Dirceu
Já o ex-advogado da União adjunto, José Weber Holanda, indiciado pela PF, negou que esteja envolvido com corrupção, mas admitiu que pediu um favor para Paulo Vieira, para facilitar um check-in dele e da família em um cruzeiro marítimo.
Outro nome que apontou Vieira em caso de corrupção foi o auditor do Tribunal de Contas Cyonil Borges, que fez as denúncias. Ele disse que recebeu de Paulo Vieira a quantia de R$ 100 mil em troca do auxílio no processo de uma empresa que o ex-ministro José Dirceu estaria interessado.
O advogado de Paulo Vieira negou que o cliente dele tenha entregado algum valor para Cyonil. Por meio de nota, José Dirceu disse que não em relação pessoal, nem profissional, com Paulo Vieira e Cyonil Borges e que nunca teve nenhum interesse nas atividades da empresa Tecondi.