Israel - Pelo menos três foguetes foram disparados da Faixa de Gaza desde que entrou em vigor, às 21h locais (17h de Brasília), o cessar-fogo entre Israel e as milícias palestinas, informou à Agência Efe o Exército israelense. Dois foguetes atingiram a zona rural de Eshkol, fronteiriça com a faixa palestina, sem causar danos nem feridos, enquanto o terceiro foi interceptado em voo pelo sistema antimísseis Cúpula de Ferro.
Pouco após entrar em vigor o acordo anunciado esta tarde no Cairo pelo ministro das Relações Exteriores egípcio, Mohammed Kamel Amr, os radares israelenses do sistema fizeram soar os alarmes em várias localidades ao redor da faixa. Um jornalista do "Canal 10" da televisão israelense explicou que o radar do sistema poderia ter identificado disparos efetuados em Gaza, em sinal de alegria, como lançamentos de foguetes, mas outro disse que 12 projéteis haviam sido disparados.
Vários palestinos saíram esta noite às ruas da castigada Gaza para festejar um cessar-fogo que põe fim a oito dias de bombardeios e lançamentos de foguetes. Um comunicado do Exército israelense numerou em 1,5 mil os alvos atacados na faixa, que incluem o "assassinato seletivo" de 19 comandantes de grupos armados - entre eles o do braço armado do Hamas, Ahmed Jaabar. Também atacou 140 túneis de contrabando, centenas de plataformas de lançamento de foguetes de diferentes alcances, dezenas de posições do Hamas, e 26 dependências e armazéns de armamento.
O último balanço de vítimas na faixa é de 162 mortos, sendo que mais da metade eram civis, e 1,3 mil feridos, segundo o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al Qedra. Em Israel, morreram quatro civis e um soldado, e os feridos não passam de 50 - números que todos os comentaristas concordam que poderiam ser muito superiores sem o sistema Cúpula de Ferro, que alcançou 84% de efetividade nas intercepções dos foguetes. O Exército israelense informou que cessou todas suas atividades ofensivas e que não abrirá fogo a menos que a vida de seus homens corra perigo.
As informações são da EFE