Hezbollah pede pressão sobre EUA e Israel para frear ofensiva em Gaza
Líbano - O chefe do grupo xiita libanês Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, condenou nesta quinta-feira a ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza e pediu aos países árabes que pressionem os Estados Unidos e Israel para deter o que qualificou como uma "monstruosa agressão contra os palestinos".
Em uma gravação divulgada pela televisão libanesa Al-Manar, por causa do primeiro dia da festividade xiita da "Ashura", Nasrallah assinalou que os países árabes e muçulmanos "devem adotar posturas firmes como cortar as relações com Israel, anular os acordos assinados, retirar a seus representantes em Tel Aviv e apoiar com alimentos e armas ao povo de Gaza".
Também destacou que os árabes são capazes de influir na suspensão da ofensiva israelense pressionando os Estados Unidos, "que pode detê-la imediatamente com uma simples ligação telefônica".
Em seu discurso, Nasrallah apresentou suas condolências ao movimento palestino Hamas pela morte, ontem, do chefe de seu braço armado em Gaza, Ahmed Jaabari, em um bombardeio do Exército israelense, e avaliou "a resistência" que, na sua opinião, é capaz de enfrentar Israel de maneira decisiva.
A atual ofensiva acontece a dois meses das eleições gerais em janeiro em Israel e apenas duas semanas antes que os palestinos pedirem à Assembleia Geral da ONU que vote seu reconhecimento como Estado observador.
A última operação de grande escala empreendida por Israel em Gaza, conhecida como "Chumbo Fundido" aconteceu também nas vésperas das eleições, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009 e deixou 1.400 palestinos e 13 israelenses mortos.
As informações são da EFE
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