Rio -  A cinco rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, a caravela vascaína parece estar à deriva. Em 7º lugar, com 50 pontos, e sem chances de título, o Vasco praticamente deu adeus à vaga na Libertadores após cinco derrotas consecutivas na competição. Uma série ainda mais indigesta ao se lembrar que o Gigante da Colina ficou 54 rodadas consecutivas no G-4.
Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
Prass evita polemizar, mas demonstra desconforto | Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
Se não bastasse o mau momento dentro de campo, fora dele o futuro é incerto. Cada vez mais solitário no poder, Roberto Dinamite perdeu velhos parceiros e enfrenta dificuldades para buscar novos aliados. Além disso, a crise financeira parece não ter fim. Os salários dos jogadores continuam atrasados, sem falar das premiações e direito de arena. Mas mesmo com o clima tão adverso, Roberto Dinamite até agora não teve tempo de conversar com os jogadores - atitude que poderia tranquilizar o grupo e melhorar o astral dos bastidores, que anda carregado.

“O presidente ainda não teve uma reunião com a gente. Ele deu uma entrevista para vocês, mas com o grupo de jogadores ainda não teve essa conversa”, admitiu o goleiro Fernando Prass, sem conseguir esconder o constrangimento ao responder se o bate-papo não estava passando da hora.

“Tem que perguntar para o presidente. Não é a gente que define isso. Somos funcionários do clube e cumprimos horários e as nossas obrigações. Em uma situação dessa, isso compete somente à direção do clube”.

Apesar do tom diplomático de Prass, repercutiu muito mal nos bastidores a informação de que o diretor de futebol, Daniel Freitas, não vai comandar mais o setor. Muitos jogadores não sabem se vão permanecer na Colina. Pelo visto, a definição de quem fica e quem sai vai depender do crivo do novo diretor. Hoje o nome do gerente de futebol do Botafogo, Anderson Barros, é um dos mais fortes para o cargo. Até lá, só resta ao elenco esperar a definição e torcer para que 2013 seja melhor.