Rio -  Centenas de usuários do Twitter estão se mobilizando em prol no movimento "Veta, Dilma!". Incetivada por O DIA  - que tem sido um dos principais canais de defesa dos royalties do petróleo do Rio - a campanha tem feito cada vez mais adeptos. Nesta quinta-feira, os internautas farão um twittaço às 15h para reforçar o desejo de veto por parte da presidenta. Desde cedo, a hashtag #vetaDilma está bombando nas redes sociais.
Você também pode se engajar no movimento e compartilhar sua opinião. Basta ir no seu Twitter e escrever #vetaDilma. As melhores frases de apoio ao Rio serão publicadas noDIA ao longo da cobertura. Nesta quinta, o jornal estampou na capa a campanha contra a covardia feita pela Câmara dos Deputados.
Deputados federais Alessandro Molon e Arolde de Oliveira estão entre os usuários que estão na campanha | Foto: Reprodução Internet
Deputados federais Alessandro Molon e Arolde de Oliveira estão entre os usuários que estão na campanha | Foto: Reprodução Internet
Tudo depende de  Dilma Rousseff

Está nas mãos da presidenta Dilma Rousseff a perpetuação ou não da covardia contra o Rio.  Nesta quarta-feira, por meio de sua assessoria, a presidenta informou que fará “uma exaustiva análise do projeto aprovado pela Câmara antes de concluir pela sua sanção, veto total ou veto parcial”. Ela tem 15 dias para decidir. Enquanto isso, o estado e municípios fluminenses ficarão apreensivos ante o risco de perder, já em 2013, receitas de R$ 4 bilhões provenientes dos royalties de petróleo.
Mandado de segurança

De acordo com o governador Sérgio Cabral, se a presidenta não vetar o projeto, que pulveriza os recursos do petróleo entre toda a federação, o estado fechará as portas.

“O projeto gera um colapso nas finanças. O estado fecha as portas, não faz Olimpíada, não faz Copa do Mundo, não paga servidor público, aposentado, pensionista. Enfim, sofre um abalo”, declarou Cabral, pouco antes de se reunir, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir a nova cobrança do ICMS.
Foto: César Ferreira / Divulgação
Além de toda a infraestrutura necessária para os eventos esportivos, royalties financiam programas educacionais em cidades fluminenses afetadas pela extração do petróleo | Foto: Divulgação
Rio e Espírito Santo foram mais afetados

Os municípios produtores de petróleo do Rio de Janeiro e do Espírito Santo foram os grandes perdedores no golpe desferido pela Câmara dos Deputados. Se o projeto que redistribui os royalties for sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, de uma hora para outra, os prefeitos destas cidades terão uma queda 26,5% para 15% do "bolo" em 2013, reduzindo a até 4% em 2020. Os municípios afetados por embarcações — caso de Macaé — sairiam dos atuais 8,75% para 3% ano que vem, para chegar a 2% em 2020.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio, Julio Bueno, afirmou ontem que se o Rio perder a verba de R$77 bilhões, volume máximo de perdas previstas no período de 2013 a 2020, o estado perde toda a capacidade de investimentos.

“A perda de R$ 77 bilhões é significativa. Mas eu acredito que não seremos prejudicados porque estamos falando de um direito adquirido do estado. Se estas perdas acontecessem, prejudicariam a Previdência, por exemplo, já que os royalties são aplicados também na Previdência. Fora isso, há a Linha 4 do Metrô, que demanda um orçamento de R$ 4 bilhões”, comentou Bueno, que está confiante em uma decisão favorável ao Rio.