Rio -  O Chevrolet Onix vem equipado com o novo motor 'SPE/4' (Smart Performance Economy 4 cylinders), 100% desenvolvido pela GM do Brasil, disponível nas versões 1.0 de 78cv/80cv (para as versões LS e LT) e 1.4 de 98cv/106cv (para versões LT e LTZ). A equipe de engenharia reduziu o peso dos componentes (o SPE/4 é dois quilos mais leve se comparado ao Econoflex utilizado em outros produtos da marca) e utilizou materiais mais nobres com objetivo de reduzir atrito gerado no funcionamento.
O novo propulsor funciona por meio de um sistema de injeção sequencial com ignição independente por cilindro. São quatro no total, cada qual alimentado por uma bobina individual — da mesma classe das utilizadas no Chevrolet Camaro —, o que resulta em menos trabalho ao motor e redução no desperdício da energia.
Evolução dos Econoflex, novo motor SPE/4 usa tecnologia de ponta | Foto: Divulgação
Evolução dos Econoflex, novo motor SPE/4 usa tecnologia de ponta | Foto: Divulgação
Outras melhorias estão na inversão do coletor de admissão (que também proporciona ganho considerável para a estrutura que abriga o motor, tornando a livre de suportes desnecessários), na adoção de novo corpo de borboletas (no qual o sinal elétrico não tem mais contato mecânico, aumentando a durabilidade), além da nova disposição de comando válvulas que é vazado e tem formato de tubo e a adoção de um amortecedorque proporciona maior maciez ao dirigir.
Além disso, outra novidade está na inversão do sistema de acessórios do motor como alternador, correias, compressor do ar-condicionado e direção-hidráulica, com a adoção de suportes menores e mais simples, melhorando a ventilação de componentes críticos que dependem da manutenção de uma determinada temperatura. Isso também reduziu o nível de ruído dentro da cabine. A utilização de um ressonador bem integrado ao design do motor é mais um item que garante a redução de ruídos.
Mais desempenho, menos ruído
Automania testou as versões LTZ 1.4 e LT 1.0 do Chevrolet Onix. No plano, a versão com motor 1.4 tem arrancadas e retomadas bem convincentes. Em subidas mais íngremes perde um pouco a força, mas nada que não se resolva rapidamente com uma redução de marcha. O ruído do motor não incomoda na cabine. A 120 km/h, 3.500 rpm.
A suspensão tem bom compromisso entre firmeza para manter o carro estável e maciez para absorver bem as irregularidades. Nas curvas, a inclinação natural da carroceria não incomoda. O câmbio, manual de cinco marchas, tem engates macios e precisos. A direção oferece boas respostas até 100 km/h.
Ao volante do 1.0, o ruído do motor invade mais a cabine do que no 1.4, principalmente porque a 120 km/h o motor está a altas quatro mil rotações (RPM), em quinta marcha. Em ambiente urbano, onde o motor 1.0 pode trabalhar a rotações menores, a vida a bordo fica bem mais agradável. No plano, os 80 cv de potência (etanol) dão conta do recado. Na estrada, em subidas, como todo 1.0, pede mais trocas de marchas.