Rio -  Em 117 anos, os torcedores do Flamengo têm mais motivos para se orgulhar do que para lamentar. Mas no aniversário de 2012, o Rubro-Negro comemora apenas glórias do passado e, ao apagar as velinhas, pede por dias melhores, que honrem a sua história centenária. Dia 3 de dezembro, os sócios começam a decidir o futuro do clube nas urnas. A festa nesta quinta-feira já vivia o clima de eleição.
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Patricia Amorim estava tranquila na festa | Foto: Divulgação
Além da presidente do Flamengo, Patricia Amorim, Jorge Rodrigues e Eduardo Bandeira de Mello, que assumiu a candidatura de Wallim Vasconcellos, circularam pela sede. Camisas das chapas concorrentes - Lysias Itapicuru, Mauricio Rodrigues e Ronaldo Gomlevsky também são candidatos - eram vistas por todos os lados, além de cartazes espalhados pela Gávea.

Pela manhã, a tradicional missa na capela de São Judas Tadeu teve a presença de Patricia e Jorge Rodrigues, que leu a Bíblia durante a cerimônia. Enquanto isso, na orla da Zona Sul, a chapa de Eduardo Bandeira de Mello fazia passeata para protestar contra a atual gestão.

A corrida eleitoral acirrou os ânimos dentro do clube no último mês. Tentativas de união da oposição para derrotar Patricia, acusações, candidatura impugnada, entre outros ingredientes, transformam a Gávea num caldeirão. Enquanto isso, o planejamento para 2013 é cozinhado em banho-maria. Quem for eleito, terá que acelerar o processo para evitar mais um ano queimado pelo Flamengo.

Apesar da tensão pré-eleições, Patricia estava tranquila na festa. À beira do gramado, prestigiava as peladas comemorativas e distribuía simpatia. Em solidariedade a seus funcionários, derrotados pelos jornalistas por 4 a 2, brincou: “Queria que a imprensa perdesse (risos)”.

A tradicional Charanga Rubro-Negra também marcou presença na celebração. Suas marchinhas rodaram a sede e levaram alegria à cada canto da festa, que teve grande presença de mulheres e crianças.