Nova Zelândia -  Um estudo feito pela Universidade de Otago, na Nova Zelândia, constatou que a vitamina D não influencia a incidência ou intensidade dos resfriados. A pesquisa contraria análises anteriores, que acreditavam que a vitamina atuava diretamente naprevenção da doença.
A principal fonte da substância, associada à absorção de cálcio, é o sol. A hora ideal para o banho de sol e garantir que o corpo sintetize a quantidade necessária é de 7h a 10h. Caso seja preciso reposição, é possível consumir a vitamina em cápsulas.
Os cientistas acompanharam 322 adultos neozelandeses saudáveis e com níveis normais da vitamina por um ano e meio. Metade deles recebeu doses orais da substância, e os outros tomaram um placebo durante o estudo.
De acordo com a pesquisa, os participantes que tomaram a dose extra da substância ficaram com níveis de vitamina D 68% maiores. Mas a quantidade superior não influenciou nos resfriados.
Enquanto os adultos com mais vitamina D tiveram, em média, 3,8 resfriados durante o estudo, os com menor quantidade da substância ficaram doentes, em média, 3,7 vezes no mesmo período. A diferença não foi considerada significativa pelos autores.
Também não foram registradas diferenças estatísticas nos sintomas nem no número de faltas ao trabalho, o que indica que a intensidade dos resfriados foi constante. Além disso, a doença teve a mesma duração em cada grupo: uma média de 12 dias.
Essencial para ter boa saúde
A vitamina D pode não prevenir resfriados, mas já foram comprovados benefícios da substância. Ela faz bem para os ossos, ajuda a evitar a diabetes tipo 2, combate a depressão e regula a pressão arterial.
“A vitamina D é a nova estrela dentro das descobertas científicas. Ela é essencial para muitos sistemas do organismo, como ósseo, cardiovascular e neurológico”, explica a endocrinologista Ana Cristina Belsito.