Turquia -  O exército da Turquia fez novos disparos de artilharia contra cidades sírias próximas à fronteira nesta sexta-feira. De acordo com informações divulgadas por agências locais, a resposta turca aconteceu depois que um morteiro sírio atingiu a vila de Altinozu, na província de Hatay. Até o momento não há relatos de mortos ou feridos.
Forças do governo sírio intensificaram seus bombardeios, nesta sexta-feira, contra a cidade de Homs, no pior ataque nos últimos meses, e travaram violentos combates com rebeldes perto do aeroporto militar de Aleppo | Foto: EFE
Forças do governo sírio intensificaram seus bombardeios, nesta sexta-feira, contra a cidade de Homs, no pior ataque nos últimos meses, e travaram violentos combates com rebeldes perto doaeroporto militar de Aleppo | Foto: EFE
Essa é a segunda vez apenas nesta semana que a Turquia responde a um ataque sírio. Na quarta-feira, um outro morteiro supostamente lançado por forças ligadas ao presidente Bashar Al-Assad atingiu a cidade de Akcakale matando cinco pessoas, incluindo mulheres e crianças.
Durante um comício realizado também nesta sexta-feira, o primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, mandou um recado para a Síria, dizendo que os dois países estavam próximos da guerra. "Todos que tentarem dissuadir a Turquia, sua capacidade e suas decisões estarão cometendo um erro fatal", declarou.
Após o ataque, o exército turco reforçou os postos militares já baseados na fronteira com a Síria com mais tanques e canhões de artilharia. Segundo relatos de autoridades turcas, o exército sírio fez o contrário e retirou equipamentos militares de cidades fronteiriças.
Ação autorizada
Parlamento da Turquia já havia autorizado na quinta-feira uma ação militar contra a Síria. A medida, aprovada por 320 votos a favor e rejeitada por 129 parlamentares, dá ao governo, por um ano, a autoridade para enviar tropas ou bombardear alvos no país vizinho.
O vice-premiê turco, Besir Atalay, afirmou que a medida não é um declaração de guerra contra a Síria, mas, sim, uma forma de tentar deter ataques do país vizinho. "Não é uma lei de guerra", afirmou Atalay, dizendo que a prioridade da Turquia é agir em coordenação com órgãos internacionais.
Pouco depois, Atalay afirmou que a Síria assumiu a responsabilidade pelo ataque e fez um pedido de desculpas formal, além de garantir que "um incidente similar não acontecerá novamente".

As informações são do iG