São Paulo -  A beleza de uma piscina vai muito além de sua borda. Acertar na escolha do revestimento interno (tanto no quesito estético quanto no de qualidade) é essencial antes de concluir o projeto. Durante a compra dos materiais, algumas características devem ser observadas: resistência à mudança de temperatura, à exposição frequente aos raios ultravioleta e à limpeza com produtos químicos. Entre as opções mais usadas para revestir a piscina estão cerâmicas, porcelanas, pastilhas de vidro e pedras.
A cerâmica é o modelo que ganha dos demais na relação custo x benefício. Além de exigir baixo investimento, tem aplicação fácil e dispensa mão-de-obra especializada. Outra vantagem a ser considerada é a resistência do revestimento aos raios ultravioleta, movimentos da estrutura da piscina e produtos químicos usados na limpeza. Sua desvantagem aparece, entretanto, na falta de ousadia estética do resultado final, mesmo quando as peças estão bem assentadas.
A cerâmica Antígua, da linha Piscinas & Fachadas, no tamanho 11cm x 11cm está disponível em 18 cores e é vendida por R$ 207,53 (m²) | Foto: Divulgação
A cerâmica Antígua, da linha Piscinas & Fachadas, no tamanho 11cm x 11cm está disponível em 18 cores e é vendida por R$ 207,53 (m²) | Foto: Divulgação
As tradicionais pastilhas de vidro, por outro lado, conseguem trazer um bonito efeito visual. A variedade de formatos e cores do material permite que desenhos (e até mosaicos) sejam produzidos. O mesmo acontece com os revestimentos em porcelana, que têm baixa absorção de água, são resistentes aos produtos químicos, a manchas e a choques térmicos. O ponto negativo é o preço das pastilhas, pois acabam sendo mais caras do que as cerâmicas e sua instalação pede um profissional experiente. Além disso, a quantidade de rejunte usada durante o assentamento é grande, tornando a manutenção da piscina mais difícil.
Para quem busca uma alternativa nos revestimentos vinílicos, o importante é conferir sua resistência (e seu nível de desbotamento). O vinil é aplicado sobre o concreto da piscina e ganha vantagem por impermeabilizar o local - reduzindo uma das etapas da construção. “Existe também a ideia de misturar diversos tipos de revestimentos, mas fique atento aos coeficientes de dilatação”, afirma Mauro Magliozzi, professor de design de interiores da Panamericana Escola de Arte e Design.
O revestimento em porcelanato (20 mm x 20 mm) da Colormix usado por André Luque custa R$ 65 o metro quadrado | Foto: Divulgação
O revestimento em porcelanato (20 mm x 20 mm) da Colormix usado por André Luque custa R$ 65 o metro quadrado | Foto: Divulgação
As pedras naturais representam mais uma possibilidade de revestir a área interna da piscina. O resultado fica diferente e dá até para escolher a “tonalidade” da água. Isso porque, peças vulcânicas como Hijau e Hitam deixam um aspecto esverdeado ou azulado, já a pedra mineira garante um tom amarelo. Investir em peças de mármore composto (o Marmoglass, por exemplo) é outra forma interessante de conseguir beleza e facilidade na manutenção do local.
As pastilhas de vidro da Porto Design formam um verdadeiro mosaico na parte interna. Vendidas a partir de R$ 59,20 (m²) | Foto: Divulgação
As pastilhas de vidro da Porto Designformam um verdadeiro mosaico na parte interna. Vendidas a partir de R$ 59,20 (m²) | Foto: Divulgação
Hora da faxina
A limpeza da parte interna da piscina é essencial para manter a qualidade da água e ainda ajuda a prolongar a vida útil do revestimento. Tratamentos a base de sal e aspirações (com jatos d’água moderados, evitando a saída do rejunte) conseguem eliminar algas e fungos. Procure ajuda de empresas especializadas ao limpar com cloro e demais produtos químicos. “Fazer uma escovação correta e constante nos rejuntes também evita que as peças se soltem ao longo do tempo” diz Selma Tammaro, arquiteta.

As informações são de Bruna Bessi, do IG