São Paulo -  Autoridades da Líbia classificaram o líder do grupo islâmico Ansar Al-Sharia, Ahmed Abu Khattala, como o comandante do atentado terrorista contra a embaixada dos Estados Unidos país, que resultou na morte de quatro pessoas, incluindo o embaixador Christopher Stevens. A declaração desta quarta-feira beneficia a campanha de Barack Obama , que discutiu o assunto com o republicano Mitt Romney no segundo debate presidencial das eleições de 2012.
Segundo testemunhas ouvidas pelas autoridades líbias, Abu Khattala foi visto comandando militantes da Ansar Al-Sharia durante o ataque contra a representação americana em Benghazi. O grupo extremista ganhou forças após a queda de Muamar Kadafi e pretende instalar a lei islâmica no país.
Ataque contra a Embaixada dos EUA na Líbia deixa quatro mortos | Foto: iG
Militante comemora atentado contra a embaixada dos EUA na Líbia (arquivo) | Foto: iG
O exato envolvimento do líder do grupo radical no ataque contra a embaixada americana ou os objetivos reais do atentado ainda são incertos. A hipótese de que a Ansar Al-Sharia recebeu ajuda da rede Al-Qaeda no Magreb Islâmico, com base na Argélia, também não é descartada.
Assim como a maioria dos militantes que participou no atentado em Benghazi, Abu Khattala continua solto e não foi questionado pelas autoridades locais. Recentemente, a falta de consenso para formar o Parlamento Nacional da Líbia e o fracasso de outras negociações políticas tornaram as aplicações de medidas de segurança ainda mais difíceis no país.
Um oficial americano membro da comissão independente que investiga o atentado indicou que os Estados Unidos estavam rastreando os movimentos de Abu Khattala, mas se negou a comentar sobre sua possível participação na morte do embaixador Christopher Stevens. Segundo ele, é pouco provável que apenas uma pessoa estivesse por trás do ataque. "A Ansar Al-Sharia é uma milícia fragmentada, pouco clara. Não existe necessariamente apenas uma liderança geral no grupo", afirmou.
Abu Khattala lutou ao lado de diversas milícias armadas para derrubar Muamar Kadafi, mas depois da queda do ditador ele preferiu criar um grupo próprio, a Ansar Al-Sharia, que significa "partidários da Lei Islâmica". Seus militantes, em torno de 100 a 200 homens, são contra a democracia e pregam ações extremas contra ocidentais.


As informações são do iG