Liao Yiwu considera Mo Yan um 'canalha' a serviço do regime chinês
Alemanha -
escritor chinês Liao Yiwu, considerado como o poeta do massacre de
Tianamen, atacou nesta sexta-feira duramente o Prêmio Nobel de
Literatura 2012, seu compatriota Mo Yan, a quem qualificou de "canalha" e
de intelectual do regime.
"Mo Yan há poucos meses organizou um ato com cem escritores no qual cada um deles transcreveu um texto de Mao como mostra de fidelidade ao regime. Isso lhes dá uma ideia do personagem, é um canalha", disse Liao na Feira do Livro de Frankfurt.
Liao receberá no domingo o Prêmio da Paz dos Livreiros Alemães por causa de sua denúncia permanente contra a opressão na China que lhe custou passar quatro anos na prisão e o forçou posteriormente a ir para o exílio em Berlim.
Nesse sentido, Liao Yiwu representa uma concepção abertamente política da literatura e se vê a si mesmo como o extremo oposto de Mo.
"Há muitos parâmetros segundo os quais se pode medir um escritor. Mas a China é uma ditadura e em uma ditadura um escritor não pode deixar de lado a moral", acrescentou o escritor.
Liao soube da concessão do Prêmio Nobel para Mo Yan quando já estava no trem que o levaria de Berlim a Frankfurt o que o fez lembrar outra situação similar quando, na primeira vez que esteve na Alemanha e no mesmo trajeto ferroviário, soube do Prêmio Nobel da Paz para Liu Xiabo.
EFE
"Mo Yan há poucos meses organizou um ato com cem escritores no qual cada um deles transcreveu um texto de Mao como mostra de fidelidade ao regime. Isso lhes dá uma ideia do personagem, é um canalha", disse Liao na Feira do Livro de Frankfurt.
Liao receberá no domingo o Prêmio da Paz dos Livreiros Alemães por causa de sua denúncia permanente contra a opressão na China que lhe custou passar quatro anos na prisão e o forçou posteriormente a ir para o exílio em Berlim.
Nesse sentido, Liao Yiwu representa uma concepção abertamente política da literatura e se vê a si mesmo como o extremo oposto de Mo.
"Há muitos parâmetros segundo os quais se pode medir um escritor. Mas a China é uma ditadura e em uma ditadura um escritor não pode deixar de lado a moral", acrescentou o escritor.
Liao soube da concessão do Prêmio Nobel para Mo Yan quando já estava no trem que o levaria de Berlim a Frankfurt o que o fez lembrar outra situação similar quando, na primeira vez que esteve na Alemanha e no mesmo trajeto ferroviário, soube do Prêmio Nobel da Paz para Liu Xiabo.
EFE
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