Rio -  Você é o que você come. Por isso, ter uma alimentação saudável é essencial para manter uma boa qualidade de vida. E a opção por orgânicos, cultivados sem defensivos agrícolas, os agrotóxicos, ou adubos químicos, é um dos caminhos a seguir.
Jo é rigorosa na escolha do que come e diz que se sente bem | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
Jo é rigorosa na escolha do que come e diz que se sente bem | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
Pessoas que procuram esse produtos têm poucas opções para fugir das grandes redes. As feiras orgânicas, pequenas plantações em casa e comprar frutas e legumes da época são as principais soluções encontradas.
Esse é o caminho que a estudante de Engenharia Química Jo Marinho segue. Desde os 19 anos, ela é lactovegetariana — a única proteína animal que consome vem de derivados de leite. “Quando aderi à filosofia vegetariana, comecei a me sentir mais leve e saudável, fisica e mentalmente”, conta.
Jo afirma também que os produtos orgânicos evitam doenças no futuro, e por isso, ficam mais baratos. “O custo-benefício vale a pena. Você pode até gastar mais agora, mas poupa em remédios ao longo da sua vida”, ensina.
Apesar de o número de feiras orgânicas ser pequeno no Rio, é possível achar locais que vendem exclusivamente produtos livres de agrotóxicos. “Temos que começar a aumentar o mercado dos produtores que se preocupam em não usar substâncias químicas”, afirma Fátima Sueli Neto Ribeiro, professora do Departamento de Nutrição Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Consumidora de orgânicos, Maria do Socorro Carvalho frequenta a feira da Praça Afonso Pena, na Tijuca, desde que ele começou. E comemora a opção. “Tudo funciona melhor. Estou com mais energia, mais disposta. Você se sente mais leve e suave”.
A alimentação saudável deve estar aliadas à disciplina na refeições. “A pessoa deve comer a cada três horas, prestando atenção na qualidade e na quantidade”, alerta a nutricionista Mônica Carrijo.
Horta caseira é uma boa alternativa
Uma dica para comer bem sem pôr a saúde em risco é optar por frutas da época. Durante a safra, elas ficam mais baratas por causa da oferta. Além disso, por estarem no momento certo de colheita, recebem menos agrotóxicos.
Outra opção, principalmente para quem tem quintal, é plantar em casa. A horta também pode ser coletiva, aproveitando o terreno da escola, do clube, da igreja, uma encosta,etc.
No site http://www.espacodoagricultor.rj.gov.br/pdf/horta.pdf, o interesado pode ter acesso a uma cartilha na qual técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro ensinam o passo a passo para cultiva a horta caseira.
Mas mesmo quem tem pouco espaço pode plantar. As hortaliças hidropônicas (plantadas na água) são alternativa, por exemplo, para quem vive em apartamentos. Neses casos, alfaces, tomates, couves e outros vegetais são cultivados em garrafas PET, vasos e outros recipientes. E usando produtos orgânicos como adubo.
FEIRAS E PREÇOS
FEIRAS ORGÂNICAS
Bairro Peixoto — Praça Edmundo Bittencourt — sábados, das 8h às 13h
Glória — Rua do Russel — sábados, das 7h às 13h
Ipanema — Praça Nossa Senhora da Paz — terças-feiras, das 7h30 às 13h
Leblon, Praça Antero de Quental — quintas-feiras, das 7h às 13h
Jardim Botânico, Praça da Igreja São José da Lagoa — sábados, das 7h30 às 13h
Tijuca, Praça Afonso Pena — quintas-feiras, das 7:30h às 13h

CONHEÇA OS PRODUTOS
Nos mercados, a diferença de preço entre os produtos orgânicos e os outros chega a 100%.
Sucos — orgânicos, em média, R$ 12. Outros custam em torno de R$ 5.
Arroz — o quilo do branco custa R$ 2,50, enquanto meio quilo do integral não sai por menos de R$ 3.
Açúcar — meio quilo de açúcar mascavo custa, em média, R$ 5. O quilo do refinado sai por R$ 2,50.
Morango — O preço da caixa do morango cultivado em grande escala, com 500g, custa geralmente R$ 3. Já a versão orgânica da fruta, com 250g, sai em média por R$ 7.