Chile -  O escritor Rubem Fonseca foi o vencedor da primeira edição do Prêmio Ibero-Americano de Narrativa "Manuel Rojas", promovido pelo governo do Chile, informou nesta sexta-feira o Ministério da Cultura chileno.
O prêmio tem como objetivo destacar a criação literária de um autor ibero-americano e leva o nome do escritor chileno Manuel Rojas (1896-1973), um dos mais consagrados e prolíficos autores do país. A premiação equivale, no campo da narrativa, ao Prêmio Ibero-americano de Poesia Pablo Neruda, adotado em 2004 e, da mesma forma que ele, oferece a quantia de US$ 60 mil ao vencedor.
O ministro da Cultura, Luciano Cruz-Coke, que participou do júri, destacou a relevância de Fonseca (Minas Gerais, 1925), autor de aproximadamente 50 romances e livros de contos que lhe garantiram reconhecimento internacional desde 1973, quando publicou "O caso Morel". Antes já havia publicado várias coleções de contos e alguns romances, entre eles o elogiado "Lúcia McCartney" (1967).
Fonseca "influenciou fortemente" a narrativa Ibero-Americana, com um olhar sempre atento e crítico à realidade social contemporânea, afirmou Cruz-Coke.
Esse aspecto, para o ministro chileno, emparelha sua obra com a de Manuel Rojas, e por isso o prêmio também é uma forma de homenagear o autor que o batiza.
"Temos certeza de que esse prêmio fortalecerá ainda mais as relações culturais com o Brasil e permitirá uma maior difusão da literatura desse país irmão", apostou o titular da pasta.
"A grande arte" (1983), "Vastas emoções e pensamentos imperfeitos" (1988) e "Agosto" (1990) são as principais obras de Fonseca no século passado, enquanto "Diário de um Fescenino" (2003), "O Seminarista" (2009) e "José" (2011) se destacaram nos últimos anos.
Na literatura, Rubem Fonseca já havia recebid o Prêmio Camões (2003), o mais prestigiado em língua portuguesa, e o Prêmio FIL Guadalajara 2003.
As informações são da EFE