O desespero do Flamengo em se reabilitar no Campeonato Brasileiro é tanto que para trazer o meia Paulo Henrique Ganso, do Santos, dirigentes colocaram à mesa a possibilidade de envolver os direitos econômicos do jovem Adryan, de 17 anos, como garantia de pagamento das cifras milionárias pedidas pela equipe paulista, na casa dos R$ 23 milhões.
A ideia, encampada pelo vice de finanças Michel Levy, tem o aval do diretor Zinho, que chegou ao clube prometendo não fazer loucuras. Mas com os resultados ruins a corda começa a apertar no pescoço de todos.
O plano A, inicialmente, seria utilizar recursos das luvas pagas pelo direito de transmissão da televisão, mas o Conselho Fiscal do clube, através do presidente Leonardo Ribeiro, advertiu o departamento de futebol que a verba deveria ser usada para quitar dívidas tributárias. Assim, a solução envolvendo as pratas da casa entrou na roda.
A presidente Patricia Amorim confirmou nesta segunda-feira que o clube pode fazer um esforço financeiro para trazer Ganso.
- Se for o desejo da comissão técnica e tiver uma aprovação dos Conselhos, pode ser. Não me envolvo na negociação direta. Se a comissão quiser e houver consenso, pode acontecer. Poderíamos fazer um esforço financeiro, até porque alguns investimentos vão acontecer - afirmou.
As alternativas financeiras para trazer Ganso em um momento de seca no mercado irritaram diversos dirigentes e conselheiros na Gávea, contrários a qualquer operação irresponsável de última hora para livrar o time do momento ruim.
O presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, avisou:
- Isso vai dar briga política.
Zinho e Levy foram procurados para comentar o tema, mas não atenderam aos telefonemas. Em agosto, o diretor comentou a possível chegada do meia com descrença.
- O Ganso é um grande jogador, eu queria muito ele no Flamengo, mas não estamos negociando. É um jogador caro e nós não temos condições de contratá-lo sem um parceiro. Se algum investidor quisesse ajudar, seria diferente - disse Zinho na ocasião.
O Flamengo precisa negociar com a DIS, dona de 55% dos direitos de Ganso, para chegar ao total da multa rescisória, de R$ 53 milhões. Os R$ 23 milhões pedidos pelo Santos correspondem a 45% do passe. Ganso tem proposta do São Paulo, que está mais perto de um acordo
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