Rio -  A população brasileira com menos de 30 anos tem hábitos que transformam o coração em uma bomba-relógio precoce.
Nesta parcela, 22% fumam, 90% são sedentários, mais da metade está com sobrepeso, só 15% consomem frutas e legumes em quantidade ideal e os jovens do Brasil constituem o segundo maior mercado mundial de crack e cocaína (com 2,2 milhões de usuários).
A união de todos estes fatores de risco – mapeados pelo Ministério da Saúde e por um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – fez os registros de internações por infarto aumentarem 9,7% nos últimos quatro anos, passando de 686 casos em 2008 para 753 em 2011.
O levantamento, feito pelo iG Saúde no banco virtual do Ministério com informações de todos os hospitais brasileiros, detectou ainda que entre janeiro e julho deste ano foram acumulados outras 427 internações na faixa-etária entre 15 e 29 anos, uma média de dois atendimentos por dia.
“O crescimento de doenças cardiovasculares em jovens é uma tendência mundial”, afirma o diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sérgio Timerman.
“Nossas análises apontam que nos principais hospitais de atendimento cardíaco do País, o movimento de pessoas jovens nos setores de emergência foi ampliado entre 3% e 12%”, completa o médico.
As informações são do iG