segunda-feira, 3 de setembro de 2012


Árvores centenárias, unidas pelo tronco, correm risco de morte com as obras do Ligeirão, em Campo Grande

A nutricionista Flávia de Amorim, que estudou no Colégio Nossa Senhora do Rosário, com as filhas Beatriz e Letícia, gêmeas como as árvores
A nutricionista Flávia de Amorim, que estudou no Colégio Nossa Senhora do Rosário, com as filhas Beatriz e Letícia, gêmeas como as árvores Foto: Nina Lima / Extra
Bruno Cunha
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A separação das “siamesas” parece inevitável. É como são conhecidas “as gêmeas” que, contrariando a ciência, nasceram na Avenida Cesário de Melo, em Campo Grande, separadas, e só depois uniram-se. Segundo estudantes e moradores, é também ali que as árvores idênticas vão morrer, caso seja concluída a obra do Ligeirão.
- Todos as chamam de siamesas ou gêmeas. São da espécie ficus e os antigos acreditam que têm 200 anos. Da junção do tronco delas para cima já não dá para identificar quem é quem - diz Denise Costa, coordenadora de comunicação e eventos do Colégio Nossa Senhora do Rosário, em frente às árvores.
Ela conta que manifestações a favor das árvores começaram há um mês, quando as obras do Ligeirão foram retomadas.
- Li que vão tirar 1.533 árvores ao longo da via do BRT — diz o aluno do 2º ano Gabriel Gomes, de 16 anos, que já reuniu cerca de mil assinaturas em um abaixo- assinado que passa nas ruas com os amigos.
A nutricionista Flávia de Amorim, de 39 anos, mãe de quatro filhos, entre eles as gêmeas Beatriz e Letícia, diz:
- As árvores são um patrimônio para nós. Tem gente dizendo que vê até a imagem de Cristo nelas.
A secretaria municipal de Obras informou que estuda um possível recuo para evitar a remoção das árvores.



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