domingo, 15 de julho de 2012



Em Realengo, jovens transformam casa em ateliê e rua em cineclube

Grupo em frente ao imóvel da Rua Paula Nei: casa aberta até setembro
Grupo em frente ao imóvel da Rua Paula Nei: casa aberta até setembro Foto: Darlei Marinho / Extra
Bernardo Costa
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Em Realengo, um grupo de três jovens transformou uma casa, no número 215 da Rua Paula Nei, num espaço para se discutir e produzir arte. A partir de edital da Secretaria municipal de Cultura, eles inscreveram o projeto "Galeria-Ateliê de Vivências Poéticas" e escolheram o bairro da Zona Oeste para implantá-lo.
— Nos decidimos por Realengo por estar à margem do centro cultural do Rio — diz a artista plástica baiana Ítala Isis, de 34 anos, que acrescenta:
— Mas, na verdade, se pararmos para pensar, o centro do mundo é o lugar onde nós estamos. É isso que queremos passar.
Ao vencerem o edital e escolherem a casa, Ítala, Wellington Dias e Anderson Barroso — ambos de 23 anos e do Amapá — buscaram contato com artistas locais, por meio da internet. Eles responderam ao convite. A casa, em atividade até setembro, passou a ser um ponto de troca de experiências artísticas.
— A ideia é chegar e provocar o pessoal da região para que dê continuidade à proposta — diz Dias.
Moradora do bairro, Mariana Maia, de 28 anos, garante que a proposta do projeto vai persistir:
— Foi importante para vermos que é possível.
Cineclube, oficinas e até documentário
Além das atividades na casa-ateliê, o grupo também explora possibilidades externas, como a criação de um cineclube ao ar livre, na Rua Paula Nei. Hoje, a partir das 19h, serão exibidos no local os filmes "O comprador de promessas", de Pedro Bento; "Samba no trem", de Zózimo Bulbul; "Folia de Adão e Eva", de Clemente Junior; além de "Vozes de Moçambique", de Yanna Campos.
As produções são projetadas na parede branca de uma casa situada em frente ao ateliê, com os moradores acomodados em cadeiras e almofadas.
— No primeiro dia de exibição, trouxemos um bolo e fomos de casa em casa, oferecendo um pedaço a cada morador que era convocado para a exibição — conta Barroso.
No período de férias escolares, os artistas fazem oficinas para crianças. O grafiteiro Marcos Vinícius é um deles.
— Qualquer criança pode participar. Passo conceitos básicos de fotografia, vídeo, grafite e áudio.
Os jovens estão colhendo depoimentos de moradores sobre a história do bairro. No fim, eles farão um documentário e um catálogo sobre tudo aquilo que foi feito no projeto.

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